Setor de transporte e logística começa a se recuperar
Mas retomada do crescimento ainda é modesta; nova edição do boletim Conjuntura do Transporte, da CNT, traz indicadores que analisam desempenho do setor
O setor de transporte e logística brasileiro começou a apresentar sinais de recuperação em 2017, depois de ter sido fortemente impactado pela recessão da economia brasileira nos anos de 2015 e 2016. Os indicadores que apontam para a reversão da trajetória de queda são analisados na nova edição do boletim Conjuntura do Transporte – Desempenho do Setor, divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) nesta segunda-feira (9).
O ritmo de retomada, contudo, é lento, uma vez que os resultados do transporte estão diretamente relacionados ao desempenho de outros setores da economia. Por isso, segundo o boletim, a projeção é que, somente em 2020, o setor voltará a operar nos mesmos patamares de 2014. Além disso, há barreiras que dificultam o desenvolvimento do setor, como a alta dos preços dos combustíveis, a elevada carga tributária sobre a atividade transportadora e a infraestrutura precária.
Volume de serviços cresce
Após ter caído 6,1% em 2015 e 7,6% em 2016, o volume de serviços prestados pelo setor de transporte, armazenagem e correio cresceu 2,3% em 2017. O transporte terrestre e o transporte aquaviário foram os que mais puxaram o resultado positivo, com altas acumuladas de 0,9% e de 17,5%, respectivamente. Os dados são da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Empregos: desaceleração no ritmo de demissões
Embora o setor de transporte tenha fechado 17,5 mil vagas formais em 2017, houve uma desaceleração significativa no ritmo de demissões. No ano anterior, o corte de postos de trabalho havia chegado a 112,3 mil e, em 2015, a 68 mil.
Combustíveis: consumo cresce e preços também
O consumo de combustíveis também apresentou alta em 2017, depois de resultados negativos em 2015 e 2016. O crescimento foi de 0,4%, conforme dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O consumo de diesel expandiu 0,9%; o de gasolina, 2,6%.