Indicador da produção no país, venda de caminhões cai 12,5% em agosto
As vendas de caminhões caíram 12,54% no Brasil em agosto na comparação com julho. Considerando o mesmo período do ano passado, os emplacamentos de caminhões caíram 18,32%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (2) pela Fenabrave (federação das distribuidoras de veículos). No acumulado do ano, a queda é de 13,85% em relação ao mesmo período de 2014. A projeção da entidade é que as vendas de caminhões caiam 15% em 2014.
Essas vendas são relevantes por serem um indicativo da produção no país. Os caminhões integram os bens de capital, dos quais também fazem parte máquinas e equipamentos para setores como energia, construção e agropecuária. O recuo dos bens de capital é sinal de que a indústria está reduzindo seus investimentos e produzindo menos.
VEÍCULOS Em agosto, o emplacamento de veículos caiu 7,43% em relação a julho. Foi o segundo mês de retração na venda de veículos novos no país, considerando carros de passeio, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas.
O setor estava otimista com o final da Copa e o estímulo ao crédito para financiamento de veículos, considerados fatores propícios para aumentar as vendas do setor. No comparativo com o mês de agosto do ano passado, a queda foi de 16,05%. No acumulado do ano até agosto a diferença em relação a 2013 é de 8,62%.
CARROS DE PASSEIO Levando em conta apenas carros de passeio e os comerciais leves, a queda em relação a julho é de 7,38%. A retração indica que os novos dados da atividade industrial do setor (inclui ônibus e caminhões), que serão divulgados nesta semana pela Anfavea (associação nacional dos fabricantes) poderão mostrar novo recuo.
Até julho, as fábricas tinham produzido 17,4% menos na comparação com igual período em 2013. Na comparação entre agosto e o mesmo mês em 2013, a queda nos licenciamentos de automóveis de passeio e comerciais leves chegou a 17,1%. Especialistas consultados pela Folha preveem que os emplacamentos em 2014 deverão ficar entre 10% e 12% abaixo do registrado no ano passado.
Fonte: Folha Press