Desempenho do transporte melhora, mas greve deve comprometer recuperação no ano


Volume de serviços e receita cresceram em abril; porém, com a paralisação de maio, projeção é que os resultados positivos não sejam mantidos

O desempenho do setor de transporte em abril melhorou, em comparação com o mesmo mês de 2017. Segundo a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada pelo IBGE em 14 de junho, o volume de serviços cresceu 4,4%. A receita nominal teve aumento de 9,1% no comparativo entre abril de 2018 e abril de 2017. No acumulado dos 12 meses, o volume de serviços expandiu 3,8% e o volume de serviços teve alta de 9,2%. 

Os ganhos, entretanto, não deverão ser suficientes para manter o resultado no acumulado de 12 meses em maio. Isso porque a greve dos caminhoneiros paralisou a operação de transporte rodoviário de cargas no país. Principal modal do transporte, o rodoviário transporta cerca de 61% dos bens produzidos no Brasil. Durante a paralisação, a impossibilidade de transporte comprometeu significativamente a realização de contratos, o abastecimento das cidades, a produção nacional e a conclusão dos serviços.

Resultados por modal


Entre os segmentos do transporte, o aquaviário foi o que apresentou a maior alta acumulada em 12 meses no volume de serviços em abril: 18,2%. O pior resultado foi do aéreo, que teve queda de 17%. Apesar disso, o segmento vem melhorando seu resultado na oferta de assentos e movimentação de passageiros pagos.  

Já na variação percentual da receita nominal, o melhor desempenho é do aéreo, enquanto o pior foi registrado pelo aquaviário. Essa situação aparentemente antagônica evidencia flutuações nos preços dos serviços prestados. 

Ainda que se estime o impacto da greve, não foi possível mensurar exatamente sua magnitude. O que se sabe é que ela terá impacto direto na recuperação da atividade transportadora e, consequentemente, na da economia brasileira de forma agregada.
 
 

Fonte: Agência CNT de Notícias