Assinado o termo de adesão ao Programa de Incentivo à Renovação da Frota de Caminhões no Estado de Minas Gerais
Nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, se reuniu com representantes das empresas montadoras de veículos e suas respectivas revendedoras, empresas recicladoras, instituições financeiras, sindicatos e federações de transportadores que aderiram ao Programa de Incentivo à Renovação da Frota de Caminhões no Estado para a assinatura do termo de adesão ao programa no Estado. A reunião aconteceu na sede do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), em Belo Horizonte. O diretor da Fetcemg e presidente do Setcemg, Sérgio Pedrosa, e o assessor jurídico, Paulo Teodoro do Nascimento, foram os representantes das entidades no encontro.
O programa, instituído nos termos da Lei Estadual nº 21.067, de 27 de dezembro de 2013, e regulamentado pelo Decreto Estadual nº46. 413, de 31 de dezembro de 2013, visa fomentar a aquisição, em Minas Gerais, de caminhões novos ou usados, com até dez anos de fabricação e produzidos no país, em substituição aos caminhões registrados no Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG), com data de fabricação igual ou superior a 30 anos.
Na oportunidade, ao ser questionada por Sérgio Pedrosa sobre a isenção do ICMS para o transporte de cargas, a secretária destacou que o governo federal, via Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), já agendou reuniões para tratar sobre os impostos. “Com o programa, abrimos uma porta para uma melhor interlocução entre Estado e Federação, com respostas positivas para melhorias que vão acontecer. Sei que teremos melhorias nas condições do BNDES para o Finame e abrimos um canal interessante para ajudarmos o governo a melhorar as condições para o resseguro”, afirmou.
Sobre o Programa de Renovação de Frotas no Estado, a secretária também citou que estão avançados os estudos para que ocorram melhorias, como o valor do seguro poder ser incorporado às prestações, melhorias do fundo garantidor para a segurança dos agentes financiadores, e o escalonamento no valor das prestações, deixando-as menores nos primeiros cinco anos de financiamento para quem participar do programa.
Histórico em Minas Gerais
Circulam no Estado cerca de 94 mil veículos com idade acima de 30 anos e a expectativa do Governo do Estado é renovar de 10% a 15% dessa frota a cada ano. A renovação da frota no Estado trará benefícios aos transportadores, ao meio ambiente e para toda a sociedade, além de mais segurança para a coletividade e menos problemas para a fluidez do trânsito nas estradas e ruas de Minas Gerais.
Participantes do projeto
Governo de Minas: Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), de Fazenda (SEF), de Defesa Social (Seds), e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), além da Advocacia Geral do Estado (AGE) e do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG). Entidades de classe: Sindicato e Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Minas Gerais (Setcemg e Fetcemg), Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Previdência Complementar, de Capitalização e de Resseguros nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal (Sindseg), Federação dos Transportadores Autônomos de Cargas do Estado de Minas Gerais (Fetramig), Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de Minas Gerais (Sincodiv) e outros. Empresas: Mercedes, Iveco, ArcelorMittal e Votorantim Siderurgia. Bancos: Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
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Presidente da Anfavea comenta as expectativas do setor em 2014 e fala sobre os desafios para o crescimento das vendas
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), é uma das entidades que apoiam a criação de um Plano Nacional de Renovação da Frota de Caminhões. O objetivo é retirar de circulação milhares de veículos pesados antigos que rodam pelas estradas e aumentam o risco de acidentes, além de serem mais poluentes.
Estimativas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que mais de 230 mil caminhões, com idade superior a 30 anos, circulam no Brasil. No final do ano passado, a Anfavea e a CNT, com apoio de outras instituições, entregaram ao governo federal uma proposta para ajudar os motoristas autônomos durante a compra de um caminhão novo.
Nesta entrevista exclusiva à Agência CNT de Notícias, o presidente da Anfavea, Luiz Moan, comenta a parceria com a CNT no projeto. Ele também antecipa as expectativas dos fabricantes de veículos em 2014 e fala sobre os desafios que o país precisa enfrentar para não registrar queda nas vendas de veículos e continuar em crescimento.
Confira: O tema renovação de frota é bastante discutido atualmente pelo setor de transporte. Porque a Anfavea decidiu apoiar esta bandeira?
Este é um tema que consideramos absolutamente crucial. Não apenas por causa das vendas do setor automotivo, mas porque estamos preocupados em promover mais segurança, eficiência energética, além de proporcionar um custo operacional menor aos motoristas.
Qual a importância da parceria com a CNT neste projeto?
A parceria com a CNT é fundamental. Quando iniciamos o contato com a entidade, rapidamente conseguimos agregar outras instituições representativas do transporte em torno do projeto de renovação da frota. Outro ponto importante no trabalho da CNT é o treinamento de formação e qualificação dos motoristas realizado pelo Sest Senat.
A Anfavea comemorou, este ano, as maiores vendas em janeiro, desde a fundação da entidade. Como estão as expectativas até o fim de 2014?
São positivas, sem dúvida. Temos uma expectativa de vendas crescentes para este ano. Em termos de produção, falando de uma estimativa geral, incluindo os veículos e comerciais leves, o crescimento projetado é de 1,4%. No segmento de caminhões e veículos pesados, esperamos um aumento mais significativo, em torno de 5%.
Em relação aos veículos pesados, porque as expectativas são mais otimistas?
Primeiro, elas são atribuídas ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que continua válido até dezembro deste ano com taxas de juros consideradas bastante atrativas. Especificamente em relação aos caminhões, as vendas também devem crescer em razão do desenvolvimento do agronegócio e por causa dos novos leilões de infraestrutura do governo federal.
A Anfavea discutiu com o governo, no final de 2013, a obrigatoriedade da instalação de airbags e freio ABS nos veículos. A obrigação foi mantida e a indústria se comprometeu a não demitir funcionários. Essa expectativa se mantém?
Sim, a expectativa continua normal. Não deve haver demissões e nossa estimativa é crescer, ao todo, 1,2% em relação ao ano de 2013.
O Brasil é o quarto maior mercado do mundo de automóveis. Quais desafios precisam ser superados para manter o país na rota de crescimento?
Um dos principais desafios para aumentar as vendas é que pudéssemos contar com o leasing como ferramenta de financiamento. Já tivemos 43% de participação de leasing no financiamento de veículos, mas agora estamos em apenas 2%. Outro fator: para conseguirmos um melhor nível de competitividade também é preciso diminuir os custos de produção.
No Salão Internacional do Transporte – Fenatran 2013 -, promovido em outubro passado, em São Paulo, as grandes montadoras demonstraram grande confiança no mercado brasileiro. Elas confiam no potencial do país?
Sim, sem dúvida, as grandes montadoras confiam em nosso mercado. De 2013 a 2017, por exemplo, temos R$ 75,8 bilhões de investimentos internacionais previstos no mercado brasileiro de automóveis e caminhões.
Fonte: Agência CNT de Notícias
Foto: Gabriel Vieira