“O Brasil é signatário do compromisso de reduzir 50% das mortes no trânsito, por isso é tão importante participar dessa conferência”, diz Renan Filho
Ao lado de outros 84 ministros dos Transportes de diversos países, Renan Filho participou, na manhã desta terça-feira (18), da abertura oficial da 4ª Conferência Ministerial Mundial sobre Segurança Viária.
O objetivo do evento, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é avaliar avanços e definir estratégias que ajudem a reduzir pela metade as mortes no trânsito até 2030, meta estabelecida pelo Plano Global para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito da ONU.
“No Brasil, cerca de 5 mil mortes acontecem nas rodovias federais, enquanto que nas rodovias estaduais, ou dentro das próprias cidades, são 30 mil. Por isso é necessário um esforço federativo, porque isso gera outros graves custos para a sociedade, custos em saúde pública”, afirmou o ministro dos Transportes durante o evento.
Após a cerimônia de abertura, Renan Filho participou de uma mesa redonda ministerial para discutir temas relacionados à segurança viária. O objetivo do debate foi promover a troca de experiências, com cada país apresentando suas iniciativas bem-sucedidas e inspirando outras nações a adaptarem essas ações em suas realidades.
Durante o encontro, o ministro dos Transportes destacou as medidas já adotadas no Brasil. Entre elas, destacam-se:
“O Brasil é um país continental, muito rodoviário. Nós estamos em máxima histórica nos investimentos em rodovias, tanto públicos quanto investimentos privados. A nossa carteira de concessões rodoviárias é hoje a maior do mundo. Isso também diferencia muito o nosso país”, disse o ministro dos Transportes.
Cidades Mais Seguras
Em paralelo à Mesa Redonda Ministerial, o secretário Nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, participou de um painel sobre cidades seguras e sustentáveis, onde apresentou detalhes do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans).
“O Pnatrans tem uma série de ações e produtos voltados para as cidades. São iniciativas que ajudam os prefeitos e gestores municipais a promover uma cidade mais segura, acessível e sustentável, levando em conta o cuidado com os pedestres, preocupação com a velocidade e moderação do tráfego. Está sendo uma troca de experiência espetacular”, ressaltou o secretário.
Entre os eixos estratégicos em desenvolvimento no Brasil, Adrualdo Catão destaca:
1. Segurança viária como estratégia climática
Tornar as cidades mais seguras para pedestres e ciclistas não apenas reduz os sinistros, mas também diminui a dependência de veículos motorizados, contribuindo diretamente para a redução de emissões de carbono.
2. Modelos de sucesso
Investimentos em infraestrutura segura para pedestres e ciclistas, projetos de urbanismo tático e redução de velocidade em áreas urbanas. Outro ponto importante é a parceria com estados e municípios, garantindo uma abordagem coordenada para a diminuição de sinistros.
3. Colaboração multissetorial
Necessidade de cooperação entre governos nacionais e locais, setor privado e BMDs, para que a segurança viária esteja no centro das políticas de mobilidade sustentável. Destaque também para a criação de mecanismos de incentivo financeiro para cidades que adotam políticas de mobilidade voltadas à segurança viária.
O que vem por aí
Na tarde desta quarta-feira (19) o ministro Renan Filho integrará uma sessão plenária ao lado de líderes dos transportes de Guiné, Moldávia, Malásia, Noruega e Tailândia, abordando o tema ‘Mobilização à Organização: Os Desafios da Implementação’.
Esta edição da conferência, que vai até o próximo dia 20, dá continuidade às discussões realizadas nos encontros anteriores: a 3ª Conferência, em 2020, em Estocolmo, Suécia; a 2ª Conferência, em 2015, sediada em Brasília, Brasil; e a 1ª Conferência, em 2009, que aconteceu em Moscou, Rússia.
Assessoria Especial de Comunicação