Custos logísticos cresceram em 2015


O custo logístico brasileiro passou de 11,52% para 11,73% do PIB (crescimento de 1,8%) entre 2014 e 2015. É o que revela pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral com 142 empresas, representantes de 22 segmentos industriais e cujo faturamento equivale a 15% do PIB brasileiro.

Nas empresas com volume de vendas entre R$500 milhões e R$1 bilhão, o custo logístico subiu 30%. “São empresas que realizam transporte de longa distância, por rodovia, e dependem do diesel, por isso, os custos cresceram de 2014 para 2015”, destaca Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral e responsável pelo estudo.

O mesmo comportamento foi constatado em empresas que faturam entre R$ 150 e R$ 200 milhões, porém, com menor intensidade (entre 5% e 6%).

Para minimizar seus custos logísticos, as companhias, segundo o professor, têm optado por terceirizar os serviços de transportes, fechar centros de armazenamento e distribuição e?? cortar estoques. “Ao terceirizar, a empresa transforma um custo fixo em variável. Ou seja, o custo com logística só aparece quando existe demanda. Contudo, quando a crise econômica atual acabar, essas empresas terão dificuldade em retomar suas estruturas logísticas”, conclui o professor.

O item de maior peso no custo logístico das empresas foi o transporte de longa distância (50%), seguido pela distribuição urbana (20%). Os demais custos são representados pela armazenagem (15%), despesas administrativas (8%) e despesas portuárias (7%).

O custo logístico cresceu em todas as regiões do País, exceto no Sul. Tal crescimento alcançou 30% no Centro Oeste, 18% no Nordeste e 4% no Sudeste. Nos setores de Agronegócio, Alimentação e Indústria Automobilística, os custos cresceram respectivamente 14%, 9% e 3%. Tao comportamento foi observado também em outros setores que, no entanto, não apresentaram amostra estatisticamente significativa.

“O aumento dos custos logísticos se reflete no preço final dos produtos comercializados e isso afeta diretamente o consumo das famílias. Essa ‘inflação logística’ acarreta em um problema econômico e social, pois quem acaba sofrendo, em maior intensidade, são as classes mais baixas”, afirma Resende.

O estudo mostra também alto nível de dependência das rodovias (98%), de profissionais qualificados (85%) e de máquinas e equipamentos (78%). As rodovias têm um papel de destaque no aumento do custo logístico. No transporte de insumos e produtos, o modal rodoviário é, de longe, o mais utilizado (80%), seguido do ferroviário (8%) e aeroviário (5%).

Tanto que, para 87% das empresas consultadas, a melhoria das condições das rodovias é um fator importante para reduzir os custos logísticos, seguido pela mudança na cobrança de ICMS (67%) e expansão da malha ferroviária (59%). “Dada a importância do modal rodoviário para as empresas, o desafio que se impõe diz respeito à qualidade das rodovias, o que, segundo a pesquisa, estamos longe de alcançar, uma vez que 77% das empresas consultadas consideram nossas rodovias péssimas ou ruins”, pontua Resende.

A participação da iniciativa privada é vista como crucial para o desenvolvimento dos projetos de infraestrutura no Brasil, com destaque para os projetos de concessão rodoviária (89% consideram a participação privada essencial ou extremamente essencial), concessão ferroviária (90%), administração portuária (88%) e gestão de aeroportos (88%). Para o empresariado, o maior gargalo para o cumprimento das obras de infraestrutura no Brasil é a corrupção, com 93%, seguida da burocracia (92%). “As empresas avaliam que corrupção, impostos e infraestrutura inadequada compõem o tripé responsável por minar a competitividade do ambiente logístico brasileiro”, afirma Paulo Resende.

As rodovias têm papel de destaque no aumento do custo logístico. No transporte de insumos e produtos, o modal rodoviário é, de longe, o mais utilizado (80%), seguido do ferroviário (8%) e aeroviário (5%). Tanto que, para 87% das empresas consultadas, a melhoria das condições das rodovias é um fator importante para reduzir os custos logísticos, seguido pela mudança na cobrança de ICMS (67%) e expansão da malha ferroviária (59%). “Dada a importância do modal rodoviário para as empresas, o desafio que se impõe diz respeito à qualidade das rodovias, o que, segundo a pesquisa, estamos longe de alcançar, uma vez que 77% das empresas consultadas consideram nossas rodovias péssimas ou ruins”, pontua Resende.

Foi constatado também significativo aumento dos custos de distribuição urbana, provocado pelas crescentes restrições ao tráfego de caminhões e carretas nas áreas centrais das cidades.

A participação da iniciativa privada é vista como crucial para o desenvolvimento dos projetos de infraestrutura no Brasil, com destaque para os projetos de concessão rodoviária (89% consideram a participação privada essencial ou extremamente essencial), concessão ferroviária (90%), administração portuária (88%) e gestão de aeroportos (88%).

Para o empresariado, o maior gargalo para o cumprimento das obras de infraestrutura no Brasil é a corrupção, com 93%, seguida da burocracia (92%). “As empresas avaliam que corrupção, impostos e infraestrutura inadequada compõem o tripé responsável por minar a competitividade do ambiente logístico brasileiro”, afirma Paulo Resende.

Fonte: Blog do Neuto - Neuto Gonçalves dos Reis - Diretor Técnico Executivo da NTC&Logística, membro da Câmara Temática de Assuntos Veiculares do CONTRAN e presidente da 24ª. JARI do DER-SP.