Ocorrências de roubo de cargas crescem para além do Sudeste


Report de Roubo de cargas – NSTECH – 1º TRI/2025

 

Roubo de cargas

 

Diante de perdas que chegaram a R$ 1,2 bilhão em 2024 por roubo de cargas no Brasil, um aumento de 21% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da NTC&Logística, a fabricante de softwares para a cadeia de suprimentos, nstech, divulgou o relatório “Análise de Roubo de Cargas“, com dados do primeiro trimestre de 2025, apontando tendências e regiões mais vulneráveis.

A região Sudeste ainda concentra a maior parte dos roubos com 72% das ocorrências, mas registrou queda de 5,8% em relação ao mesmo período de 2024. São Paulo (36,7%) e Rio de Janeiro (25,4%) seguem como os estados mais afetados, porém com comportamentos opostos: enquanto o primeiro reduziu perdas em 9,8%, o segundo teve aumento de 7,4%.

Um dado preocupante é a crescente vulnerabilidade de outras regiões. Entre 2023 e 2025, o Nordeste saltou de 7,5% para 20,3% dos casos, e o Sul subiu de 4,6% para 7,6%. Já o Maranhão, que representava apenas 0,9% dos roubos em 2023, atingiu 11,3% em 2025, evidenciando uma mudança na geografia do crime.

Os criminosos têm preferência por cargas fracionadas (44,1% do prejuízo total) e produtos alimentícios (36,6%), que registraram aumento de 12,1% em relação a 2024. Eletrônicos também ganharam espaço, passando de 4,5% para 8,1% no período.

Apesar da predominância no Sudeste (79,4% das ocorrências), há rodovias críticas em outras regiões. A BR-316, por exemplo, teve 44,8% dos roubos concentrados em eletrônicos, enquanto a BR-116 registrou 73,2% de perdas em cargas fracionadas.

O período noturno se tornou mais perigoso, já que os roubos à noite saltaram de 15,6% em 2023 para 45,2% em 2025. As quintas-feiras são os dias mais críticos, com 74,5% dos prejuízos concentrados no Sudeste. Domingos, por outro lado, tiveram redução de 10,7% para 5,5%.

O resultado foi impulsionado pelo Cadastro Unificado, ferramenta que utiliza inteligência artificial para analisar motoristas e veículos, integrando dados das três maiores gerenciadoras de risco do país. “A nível nacional, o cenário não é animador, no entanto, as operações monitoradas pela nstech representaram resultados positivos. Devido aos constantes investimentos em pessoas, processos e tecnologia, nossos clientes tiveram uma redução de 32% da taxa de sinistralidade no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2023”, reforça Thiago Azevedo, diretor de Cadastro na nstech.

 

Fonte: Frota&Cia