Ministério dos Transportes investe R$ 120 milhões no Anel Rodoviário de BH e transfere a gestão da estrutura para o município
Uma das principais vias de Belo Horizonte, com fluxo diário de 100 mil veículos, o Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo passa para as mãos da administração municipal. A medida foi formalizada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, ao lado do prefeito de BH, Álvaro Damião, em evento realizado nesta terça-feira (3). A FETCEMG, representada pelo assessor institucional Luciano Medrado, acompanhou a solenidade.
“Estamos investindo R$ 60 milhões em melhorias na pavimentação — com recuperação de 40% do asfalto —, sinalização e 100% de substituição de placas de trânsito. E vamos firmar um convênio com a Prefeitura de dois viadutos importantes — um deles aqui no cruzamento com a BR-040 - de mais R$ 60 milhões. Então são R$ 120 milhões com origem do Governo Federal, à disposição da Prefeitura de Belo Horizonte”, afirmou Renan Filho.
O objetivo de transferir a gestão do Anel Rodoviário de BH do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a Prefeitura da capital mineira é aumentar a segurança viária e melhorar a mobilidade. “A transferência do Anel garante que a Prefeitura faça, no dia a dia, a operação mais adequada à realidade de cada trecho”, explicou o ministro dos Transportes.
Com 21,8 quilômetros de extensão, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte abrange segmentos das rodovias BR-381/MG e BR-040/MG. A transferência está em sintonia com a construção do Rodoanel Metropolitano, projeto que tem como objetivo retirar o tráfego pesado e de longa distância do perímetro urbano.
Minas avança
“Minas ficou muito tempo aguardando investimentos. Agora, estamos atuando não só no Anel, mas em praticamente todas as regiões do estado”, afirmou Renan Filho. “O governo anterior, em 2022, aplicou somente R$260 milhões em todo o estado mineiro. O presidente Lula, em 2023, aplicou R$500 milhões. No ano passado, aplicou R$710 milhões de reais. E esse ano R$ 900 milhões serão aplicados em Minas Gerais. Esse volume de recursos é necessário, porque o estado é um dos motores do desenvolvimento nacional”, destalhou.
A agenda de Renan Filho em Minas Gerais teve início na segunda-feira (2), em Governador Valadares, quando anunciou um pacote de investimentos de R$ 310 milhões para obras importantes na travessia urbana da cidade. Um dos destaques é a duplicação da ponte sobre o Rio Doce, demanda antiga da população local.
O ministro dos Transportes também fez um balanço das obras realizadas nos últimos 100 dias na BR-381/MG, que incluem requalificação do pavimento, sinalização reforçada, monitoramento com câmeras e painéis digitais, além de atendimento médico e mecânico ampliado, entre outras ações.
“Nós vivemos a construção de um novo momento, mais humano e definidor para os passos de progresso que Belo Horizonte vai dar no futuro.”, concluiu Renan Filho.
Confira, abaixo, a lista de obras inicialmente previstas para o Anel Rodoviário:
- Viaduto da BR-040 sobre o Anel Rodoviário: novas alças viárias e implantação de novo viaduto.
- Viaduto sobre a Av. Amazonas: alargamento do viaduto existente, implantação de dois novos viadutos, alças e passarela.
- Viaduto sobre a Av. Presidente Antônio Carlos: alargamento de viaduto existente, alças e passarela.
- Pontilhão ferroviário bairro Betânia: alargamento do viaduto existente, implantação de novo viaduto, alças e passarela.
- Viaduto sobre a Av. Tereza Cristina: alargamento do viaduto existente, implantação de novo viaduto, alças e passarela.
- Viaduto da Praça São Vicente: implantação de quatro novos viadutos e alças viárias.
- Viaduto sobre a Av. Pedro II: implantação de dois novos viadutos e alças viárias.
- Viaduto sobre a Av. Cristiano Machado: alargamento de viaduto existente e implantação de novo viaduto.
Assessor da FETCEMG: "Municipalização do Anel é avanço, mas não podemos esquecer o Rodoanel Metropolitano", diz
Para o assessor institucional da FETCEMG, Luciano Medrado, a municipalização do Anel Rodoviário de Belo Horizonte é um avanço, mas precisa ser feita com responsabilidade, sempre com foco na segurança viária e na melhoria da mobilidade urbana. Ele reforça que o setor de transporte tem acompanhado de perto esse processo e tem participado ativamente das discussões, ciente da complexidade e dos impactos que qualquer mudança pode gerar.
"A municipalização do Anel pode ser benéfica, mas é importante reforçar: a solução definitiva para os gargalos do Anel Rodoviário passa, necessariamente, pela construção do Rodoanel Metropolitano. Essa sim, será uma obra estruturante, fundamental para desafogar o trânsito pesado que hoje atravessa a capital e para garantir um novo patamar de eficiência logística para Minas Gerais", diz. "O Anel Rodoviário é a UNICA rodovia de contorno e transposição de Belo Horizonte, integrando as BRs 356, 040 e 381 norte e sul. Trata-se de uma rodovia estruturante para a logística de carga da Região Metropolitana", completa.
O projeto está avançando e a previsão é que as obras comecem já em outubro deste ano. Neste momento, o Governo de Minas trabalha na obtenção da licença de instalação e aguarda os últimos pareceres dos órgãos federais. "O setor de transporte espera que todos os esforços se consolidem e que, enfim, o Rodoanel saia do papel. Quando isso acontecer, teremos um salto de qualidade na infraestrutura logística, com benefícios diretos para a economia, o meio ambiente e, sobretudo, para a população mineira.", finaliza Medrado.