CNT representou o setor de transporte na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, Emergência Climática


A CNT (Confederação Nacional do Transporte) participou ativamente da 5ª Conferência Nacional de Mudança do Clima, realizada entre os dias 6 e 9 de maio, em Brasília. Como delegada nata do evento, a entidade contribuiu com a formulação e priorização de mais de 100 propostas voltadas à descarbonização do transporte, à mobilidade urbana sustentável e ao fortalecimento da resiliência climática no setor.

A CNT esteve representada pela gerente executiva ambiental, Érica Marcos, e pela consultora técnica Patrícia Boson – ambas conselheiras do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), onde representam a entidade.

Nesta edição, a Conferência reuniu mais de 1.500 delegados eleitos de diversos segmentos sociais e setoriais de todas as regiões do país. Estiveram presentes representantes de confederações empresariais, governos nas três esferas da federação, academia, cientistas, organizações da sociedade civil, comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, em um espaço de ampla diversidade e troca de experiências.

A CNT atuou especialmente nos Eixos 1 (Mitigação) e 2 (Adaptação), considerados estratégicos para o setor de transporte. No Eixo de Mitigação, as discussões priorizaram a transição energética e a descarbonização do transporte rodoviário, com propostas de modernização da frota e incentivo à migração para modais de menor emissão de gases de efeito estufa (GEEs). A mobilidade urbana também foi destaque, com foco no fortalecimento do transporte coletivo com base em combustíveis renováveis, integração entre modais e políticas municipais de incentivo à mobilidade ativa, acessível e com tarifa zero, alinhadas ao Plano Nacional de Mobilidade Urbana.

Segundo Patrícia Boson, a participação da CNT nos grupos de trabalho foi essencial para embasar tecnicamente as discussões. “Foi uma oportunidade de apresentar dados técnicos, sociais e econômicos do setor, contribuindo para a seleção de propostas viáveis e efetivas no esforço nacional de mitigação das emissões”, afirmou.

No Eixo de Adaptação, as propostas priorizadas envolvem a criação de planos climáticos voltados à construção de infraestrutura resiliente e à gestão de eventos extremos, como enchentes, secas severas, deslizamentos e incêndios. Para Érica Marcos, a CNT teve papel relevante ao destacar a importância do mapeamento de áreas de risco no país e da adoção de tecnologias assistivas. “Essas ferramentas são fundamentais para antecipar, gerir e minimizar impactos dos desastres climáticos, sobretudo em um setor essencial como o transporte”, ressaltou. Também foram valorizadas soluções baseadas na natureza como caminho para uma infraestrutura mais adaptável e sustentável.

Durante a Conferência, avançaram ainda temas como justiça climática, transformação ecológica, governança ambiental e educação para a sustentabilidade.

As contribuições debatidas e priorizadas durante o evento servirão de base para a formulação de políticas públicas nacionais voltadas à transição climática. Serão também insumo para as ações empresariais e campanhas de sensibilização da sociedade, além de subsidiar a posição brasileira na COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.