Trabalhos sobre a tragédia das chuvas no RS e o impacto do transporte na sociedade vencem o Prêmio CNT de Jornalismo 2024


Estão definidos os vencedores da 31ª edição do Prêmio CNT de Jornalismo. Entre os premiados, destacaram-se coberturas da tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul (RS) e reportagens sobre o impacto social do transporte em diferentes regiões do país. O vencedor do Grande Prêmio recebe R$ 60 mil; e o de cada categoria, R$ 35 mil. A entrega da premiação será no dia 4 de dezembro, em Brasília. 

O Grande Prêmio é da série “O tempo de cada um”, do jornalista Chico Regueira, da TV Globo. Essa série especial mostra como o transporte de baixa qualidade contribui para a exclusão social (principalmente, de negros e pobres) e funciona como uma barreira de acesso a oportunidades de trabalho e estudo para cidadãos da periferia que têm justamente o exercício da cidadania dificultado. O especial garantiu uma premiação de R$ 60 mil.

Na categoria áudio, o vencedor é o jornalista Rafael Campos, do Metrópoles, com o podcast “As histórias de quem levou, por terra, ar e rios, a solidariedade ao RS”. Em Comunicação Setorial, o primeiro lugar ficou para a matéria “Mudanças nos hábitos de deslocamento”, de Tânia Mara Gouveia Leite, da Revista Ônibus, da Semove (Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro). A imagem vencedora da categoria Fotojornalismo é “Avião nas inundações devido a chuvas fortes no Rio Grande do Sul”, do profissional Adriano Henrique Machado, da Reuters. No Impresso, a matéria melhor avaliada foi “Rodovias que perdoam: quando as estradas salvam vidas”, de Roberta Soares, do Jornal do Commercio.

Na categoria Meio Ambiente e Transporte, o vencedor foi o trabalho “Desafios do transporte para a mobilidade sustentável”, da jornalista Giovana Ferreira, do R7. Em Internet, o especial “O outro lado do paraíso”, de Jade Abreu, do Metrópoles, recebeu as melhores notas. E, na categoria Vídeo, a vencedora foi a reportagem do Fantástico, da TV Globo, “Aeroporto virou porto - águas invadem e fecham o Salgado Filho”, de Pedro Rockenbach.

Sobre o Prêmio

Em um ano focado em temas voltados à sustentabilidade, as pautas abordaram aspectos do transporte, seja ele rodoviário, ferroviário, aquaviário ou aéreo, nos segmentos de passageiros ou de cargas. Para chegarmos aos vencedores, as reportagens e fotografias inscritas foram validadas pela Comissão Organizadora; analisadas, inicialmente, por um grupo fixo de pré-selecionadores formado por cinco jornalistas com atuação acadêmica; e, por fim, avaliadas por um corpo de jurados formado por jornalistas de renome e um especialista em transporte. 

A comissão julgadora de 2024 foi composta por Alex Capella, secretário especial de imprensa da Presidência do Senado Federal; Roberto Munhoz, diretor de Jornalismo da TV Record; Samira de Castro, presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas); Thiago Bronzatto, diretor da sucursal de Brasília do jornal O Globo; e Andrea Santos, especialista em Transporte e codiretora do Hub da UCCRN (Urban Climate Change Research Network) para a América Latina.

Essa avaliação obedeceu aos seguintes critérios: relevância para o setor de transporte, para o transportador e para a sociedade; qualidade editorial; criatividade/originalidade; e atualidade dos temas.

Confira, a seguir, o detalhamento dos trabalhos vencedores:

Grande Prêmio

O tempo de cada um

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Chico Regueira, da TV Globo

Essa série especial mostra como o transporte de baixa qualidade contribui para a exclusão social (principalmente, de negros e pobres) e funciona como uma barreira de acesso a oportunidades de trabalho e estudo para cidadãos da periferia que têm justamente o exercício da cidadania dificultado.

Áudio (para matérias de rádio e podcasts)

As histórias de quem levou, por terra, ar e rios, a solidariedade do Brasil ao RS

Rafael Campos, do Metrópoles

podcast Levando Esperança, do Metrópoles, conta histórias de brasileiros que não hesitaram em doar e se doar para os gaúchos depois da tragédia.

Comunicação Setorial (voltada a entidades representativas do setor de transporte)

Mudanças nos hábitos de deslocamento

Revista Ônibus – Semove (Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro)

A reportagem buscou entender os desafios e as responsabilidades da iniciativa privada, do poder público e da sociedade civil para a promoção de um transporte público mais sustentável no Rio de Janeiro.

Fotojornalismo

Avião nas inundações devido a chuvas fortes no Rio Grande do Sul

Adriano Henrique Machado, da Reuters

Com as chuvas, o Aeroporto Salgado Filho foi completamente inundado, interrompendo as operações; aeronaves ficaram na água.

Impresso

Rodovias que perdoam: quando as estradas salvam vidas

Roberta Soares, do Jornal do Commercio

A reportagem aborda o conceito de rodovias que perdoam, mostrando, com exemplos e dados, que elas podem salvar vidas na prática.

Internet

O outro lado do paraíso

Jade Abreu, do Metrópoles

O Metrópoles percorreu 1.411 km para contar histórias de crianças que percorrem 200 km para chegarem à escola; há relatos de gestantes que deram à luz sem auxílio médico, porque estavam longe para serem atendidas.

Meio Ambiente e Transporte

Desafios do transporte para a mobilidade sustentável

Giovana Lopes Cardoso Ferreira, do R7

Em meio à corrida para a transição energética, o Brasil tenta aumentar o uso de fontes renováveis no setor de transporte, que foi responsável por 33% do consumo de energia do país em 2023, desbancando a indústria.

Vídeo

Aeroporto virou porto – águas invadem e fecham o Salgado Filho

Pedro Rockenbach, da TV Globo

O Fantástico entrou, com exclusividade, no terminal alagado do Aeroporto Salgado Filho e mostrou a situação do local.