A poluição das grandes cidades gerada pela emissão de poluentes de veículos motorizados é um dos principais problemas da sociedade moderna. O diesel, combustível mais utilizado por caminhões e ônibus, é, sem dúvida, o mais poluente. A emissão da poluição produzida pelo diesel é uma preocupação não só da sociedade em geral, mas em especial das lideranças do transporte rodoviário de cargas do país. Em 5 de junho, data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, é preciso uma reflexão para o problema e para soluções que reduzam os efeitos da poluição.

Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, durante a Conferência sobre Meio Ambiente Humano em Estocolmo, o Dia Mundial do Meio Ambiente tem como objetivo chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada, por doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma.

Os transportadores já perceberam a importância econômica e ambiental do controle de emissão de poluentes da frota. A cidade é um organismo que depende do movimento de pessoas e cargas para oxigenar sua vida. Mas essa circulação essencial, se mal executada, pode comprometer a qualidade da vida urbana. Em duas décadas, o setor de transportes no Brasil quase triplicou a emissão de gases do efeito estufa. Passou de 84,9 para 220,5 milhões de toneladas, entre 1994 e 2014.

Apesar dos dados alarmantes, o homem tem procurado soluções para esses problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Para reduzir a emissão de poluentes e diminuir seu impacto ambiental, o óleo diesel de uso rodoviário tem sofrido diversas mudanças em sua composição. As mudanças atendem à determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que desde 2008 faz a substituição gradual do S1800 pelo S500 e o S10, ou ODBTE (óleo diesel de baixo teor de enxofre).

Com a mudança, a quantidade de enxofre no diesel caiu 99,5% e uma redução de até 80% das emissões de material particulado. Para o meio ambiente, essa troca representa uma redução de 98% de óxido de nitrogênio (NOx). Com a medida, cerca de 3 mil dos 5,5 mil municípios brasileiros reduziram a emissão de poluentes, beneficiando o meio ambiente e a saúde da população.

Para incentivar as empresas de transportes a estarem mais atentas com as questões ambientais, uma iniciativa de sucesso, em Minas Gerais, é o Melhor AR - Prêmio Fetcemg de Qualidade do Ar, oferecido desde 2010 pela Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg) que, neste ano, acontece em 23 de junho, na sede da entidade.

O prêmio é mais uma ferramenta motivadora, tanto para os empresários quanto para os funcionários das empresas envolvidas na busca contínua por melhoria nas suas operações. Ele faz parte de um trabalho em conjunto, onde todos ganham, comunidade e empresários, por um ar menos poluído e pela regulagem adequada dos motores, aumentando a vida útil dos componentes mecânicos, a eficiência energética e a segurança.

Publicado no jornal Estado de Minas - 30/05/2017