Seinfra projeta investimentos de R$ 3 bilhões em rodovias em 2024
As estradas de Minas Gerais receberão investimentos de R$ 3 bilhões neste ano, entre aportes do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) e das concessionárias de rodovias privatizadas. As obras serão para recuperar trechos, construir pontes e pavimentar locais ainda sem asfalto. Além disso, são estudadas cinco novas concessões, que, somadas, têm estimativa de captar ao menos R$ 11 bilhões em recursos. A expectativa da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) é que de uma a duas novas concessões venham a leilão ainda em 2024.
“A gente tem a expectativa de, para 2024, o DRE-MG também ter R$ 1,5 bilhão de orçamento para fazer investimentos em novas obras. Obras que já estão em andamento para terminar e novas obras por todo o Estado. A nossa previsão de 2023 foi R$ 1,5 bilhão executado. E 2024 a gente parte de uma base de mais R$ 1,5 bilhão de execução, por parte do DRE-MG”, declarou o secretário de Estado de Infraestrutura, Pedro Bruno Barros.
O secretário revela que a previsão deste ano de aportes das concessionárias também parte da mesma base do ano anterior. Em 2023, elas foram responsáveis pelos outros R$ 1,5 bilhão em investimentos, com destaque para a duplicação de 90 quilômetros da BR-135, considerada a maior obra rodoviária em andamento no País no ano passado.
A Seinfra trabalha agora para conseguir o licenciamento ambiental e as desapropriações necessárias para o Rodoanel Metropolitano. A meta da secretaria é iniciar as obras entre o final deste ano e início de 2025.
A malha rodoviária do Estado é a maior entre as Unidades Federativas (UFs). O governo estadual é responsável por 26 mil quilômetros.
Novas concessões de rodovias podem atrair R$ 11 bilhões em investimentos
A Seinfra estuda disponibilizar mais cinco lotes de concessão: o Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), um no Noroeste de Minas, outro na Zona da Mata, mais um em Ouro Preto e, por fim, um na região de Itabira. A expectativa é que ao menos um ou dois desses projetos sejam levados a leilão ainda este ano.
O lote de Ouro Preto está em fase avançada de desenvolvimento. O projeto prevê um aporte de recursos antes da concessão oriundos do acordo de Mariana. Como o acordo ainda não foi firmado, o projeto não foi finalizado.
O DER-MG tem hoje 43 obras em andamento no Estado. A previsão é que outras 22 sejam licitadas para os próximos meses.
Investimentos públicos como complemento
Pedro Bruno explica que os aportes do DER-MG são mais “pulverizados” que os das rodovias privatizadas. Uma concessão concentra alto volume de investimentos em grandes segmentos. Com o mesmo valor, o departamento estadual realiza diversas obras pelo Estado em localidades menores. O secretário explica que a estratégia é que seja mesmo assim.
“O foco do Estado é complementar. Todos os corredores que têm grande fluxo de tráfego, que tem viabilidade de ser concedido, a gente está buscando a concessão. Quando faço isso, desonero o Estado de investir naqueles trechos – quem vai fazer será ser um parceiro privado – e com isso me permite investir naqueles trechos que tem menor fluxo. Aí consigo atender, ampliar a cobertura no Estado”, declara Barros, que ressalta a difícil situação fiscal do governo, com pouco espaço para investimentos vultosos.