Segundo Anfavea, governo poderá custear renovação da frota
[caption id="attachment_13633" align="aligncenter" width="300"] Divulgação[/caption] Não é novidade que a vida do caminhoneiro não está fácil, ainda mais em tempos em que a crise no Brasil, para diversos setores, está instalada. O cenário pode mudar um pouco para o automotivo. Isso porque, conforme divulgado pela Agência Brasil EBC, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Moan, disse ter “uma possibilidade” de o governo custear o programa de substituição de frota pleiteado pelo setor, mas que há preocupação em não prejudicar o ajuste fiscal. O programa proposto pelo setor automotivo prevê uma carta de crédito para quem quiser trocar o veículo antigo. “É uma possibilidade [o governo ajudar]. Esse funding (financiamento) está sempre ligado a uma preocupação, que é de não prejudicar o ajuste fiscal. Uma das possibilidades é essa [a ajuda do governo] e uma outra ideia é o valor da carcaça [dos carros antigos], que também pode ajudar a formar o funding”, afirmou Moan, ao deixar reunião com o ministro do Planejamento, Valdir Simão. Moan informou ter se encontrado nesta segunda-feira também com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Segundo ele, os titulares das duas pastas “gostam” do conceito do programa. A proposta foi formulada pela Anfavea e mais 18 entidades do setor. Em dezembro de 2015, foi entregue ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que confirmou que está analisando as sugestões. A publicação menciona ainda que, segundo Luiz Moan, o principal ponto estudado pelo governo é se o programa, caso implementado, geraria uma alta nas vendas, de forma a aumentar a arrecadação de tributos. “O grande desafio que o governo tem que analisar é se o programa gera vendas incrementais de veículos. Se gerar, estaremos gerando tributos adicionais. Então, há uma chance melhor de criar um funding”, disse. Ele afirmou ainda que a medida de redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), adotada até 2013, permitiu aumento na arrecadação tributária. “No último período do programa, que ocorreu até dezembro de 2013, isso possibilitou R$ 8,1 bilhões de novos impostos para União, estados e municípios.” Moan defendeu que a redução do IPI “não foi desoneração” e sim “o ajuste temporário da mais alta carga tributária sobre os veículos do mundo”. O presidente da Anfavea disse que o programa de substituição de frota, ao colocar nas ruas veículos mais novos, traria vantagens como melhorar a segurança no trânsito, reduzir a poluição e proporcionar economia de combustível. Segundo ele, de 230 mil caminhões da frota brasileira, por exemplo, 20% têm mais de 30 anos. Moan explicou que a sugestão inicial do setor é que os veículos elegíveis a serem substituídos tenham 20 anos ou mais. Luiz Moan falou sobre as expectativas da Anfavea para o desempenho do setor automotivo em 2016. A previsão é de queda nas vendas internas em torno de 7,5%, mas crescimento de cerca de 9% nas exportações. A produção deve ficar próxima da estabilidade, aumentando 0,5% ante 2015. Fonte: Portal O Carreteiro