Segmento de transportes registra recuo de 8,2%
O volume de serviços de transportes manteve a trajetória de queda em novembro, a reboque da menor atividade industrial no País. O setor apresentou uma retração de 8,2% em relação a novembro de 2014, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Isso se deve ao menor consumo de matéria-prima pela indústria e ao menor volume de transportes necessários ao escoamento de sua produção”, explicou o gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha.
Em novembro, a produção industrial caiu 12,4% ante igual mês de 2014, segundo pesquisa realizada também pelo instituto. Com isso, o volume de transporte terrestre diminuiu 13,8% no período, o pior resultado na série da Pesquisa Mensal de Serviços, iniciada em janeiro de 2012.
O setor aéreo, por sua vez, registrou aumento real de 11,3% na atividade em novembro ante igual mês de 2014, apontou o IBGE. «Isso se deve à redução de tarifas, que provocou aumento real no volume desses serviços», disse Saldanha.
O transporte aquaviário também avançou nesta comparação, com alta de 15,6%. O volume maior de exportações em relação a 2014 contribui para o resultado. “Além disso, os contratos de exportação (frete) são em dólar, e isso tem levado o setor a ter crescimentos reais”, afirmou o gerente.
Nova série - A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) contará com dados dessazonalizados a partir de 2016, disse Saldanha. Ainda não há data definida para o anúncio da nova série, que vai permitir observar a evolução dos serviços em relação ao mês imediatamente anterior. “Mas não deve demorar muito”, comentou.
O IBGE espera a divulgação do dado fechado de 2015 (que ocorrerá em fevereiro) para realizar as últimas avaliações internas da série dessazonalizada, que já vem sendo testada pela equipe do órgão. A partir daí, o instituto espera fechar uma data para o anúncio.
A PMS, iniciada em 2012, começou a ser divulgada em agosto de 2013 apenas com dados de receita nominal (sem descontar a inflação). Em agosto do ano passado, o IBGE passou a incluir índices de volume, que excluem a influência de preços, mas apenas na comparação com igual mês do ano anterior. A dessazonalização, que requer uma série maior, de quatro anos, será o próximo passo na implantação da pesquisa. Fonte: Jornal do Comércio