Vejo como muito positivo o aparecimento e a publicação de verdades que eram omitidas pela imprensa, que fez um ótimo trabalho de divulgação dos fatos, sem deixar de ser tendenciosa e tentar manipular a opinião pública.

A imprensa foi verde e amarela quando quis o impedimento da ex-presidente Dilma, mas é vermelha quando apoia as quebradeiras camufladas de manifestação. É tendenciosa quando se posiciona contrária às mudanças propostas pela Câmara dos Deputados sobre a necessidade de impor limites a juízes e ao Ministério Público.

A título de exemplo, qual o empregador que não quer ver os magistrados da Justiça do Trabalho atuando com limites? Penso que deveriam respeitar o princípio da estrita legalidade (respeitar as leis em suas sentenças) e é dever de quem acusa, provar (por exemplo, um motorista que alega dirigir por 48 horas seguidas). Também vejo que o Ministério Público tem que ter limites para não propor Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) claramente contrários à legislação, como os propostos em nossas contratações de autônomos nos termos da Lei 11.442. Então, há ou não necessidade de impor limites a estas duas categorias que se julgam soberanas?

2016 foi um ano duro, mas nos fez refletir para estarmos mais bem preparados para o futuro, que não será fácil e exigirá muita responsabilidade de nós, empregadores.

Precisamos difundir a ideia de que não somos obrigados a trabalhar com preço abaixo do custo, e que o lucro é necessá- rio para a nossa sobrevivência e para a geração de empregos. Não precisamos de tabelamento do frete, basta impor uma tarifa que remunere os custos e, caso alguém ofereça valor menor, que arque com o prejuízo.

Encerro mais um ciclo da minha vida sindical, já que deixo a presidência da Fetcemg. Agradeço aos diretores que compartilharam estes dois mandatos comigo e passo a coordenação para o presidente Sérgio Pedrosa. Aos leitores, muito obrigado por terem dedicado alguns instantes para ler o que escrevo e conhecer minhas ideias. Feliz Ano Novo!

Vander Costa