Preço da gasolina deve seguir cotação nos EUA
A nova política de correção dos preços da gasolina e do óleo diesel tem como premissa a paridade desses combustíveis com as cotações vigentes no mercado americano. A ideia é adotar o preço em dólar, convertido para reais. Assim, tanto o produto refinado no país quanto o importado passam a ter como referência o preço dos Estados Unidos. Com isso, os valores no mercado interno passariam a variar de acordo com a cotação internacional e a variação da taxa de câmbio. A proposta retoma a sistemática que vigorou durante o governo Fernando Henrique Cardoso, mas com uma diferença relevante: o acréscimo dos custos com frete sobre o petróleo bruto e os derivados importados. No caso do petróleo importado e refinado no Brasil, o combustível produzido nas refinarias da Petrobras terá o preço internacional acrescido do custo do frete. Se o derivado for importado já refinado, terá embutido no preço em reais o custo de importação mais o frete, já que existem custos de transporte por navio até o país. Se aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, a política de preços proposta representa uma mudança em relação ao modelo que vinha sendo adotado por governos do PT desde a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Além disso, desde 2009 os preços ficaram subordinados à política de controle da inflação. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, está preocupado com os efeitos de uma correção automática dos combustíveis sobre o IPCA, enquanto a presidente da estatal, Graça Foster, tem foco na recuperação financeira da empresa. Na indústria do petróleo, os preços não refletem só os custos efetivos de produção, já que o produto é uma commodity finita, comercializada globalmente. Fonte: Valor Econômico
[caption id="attachment_6520" align="aligncenter" width="300"] Foto: Divulgação/Agência Brasil[/caption]