Olavo Machado quer micro e pequenas empresas com crescimento sustentável
Presidente da Fiemg assumiu ontem o comando do Sebrae instituição
Criar condições adequadas para que as micro e pequenas empresas do Estado cresçam de forma sustentável. Este é o principal desafio do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior, agora também presidente do Conselho Deliberativo do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) para 2015. Ele promete dar continuidade ao trabalho já feito até agora na instituição, mas com a ótica dos industriais, o que na prática significa ter preocupação com o desenvolvimento e crescimento das empresas.
"Isso porque indústria que não cresce, morre. E sabemos que o índice de mortalidade entre os negócios recém-criados no país é enorme. As estatísticas dão conta que 27% das micro e pequenas empresas nacionais fecham em seu primeiro ano de atividade e 50% encerram suas operações com menos de cinco anos de atuação. O Sebrae tem capacidade e competência para diminuir estas estatísticas, fazendo com que os pequenos negócios deem certo, cresçam e mudem a economia do país", justifica. A ideia para isso é unir os esforços e as atuações das entidades do Sistema Fiemg, incluindo o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais (Ciemg) com o Sebrae. Dessa maneira, os alunos dos cursos ministrados nas escolas das instituições do Sistema em todo o Estado terão a chance de contar com uma segunda etapa da formação profissional, por meio das consultorias do Sebrae para criação de seus negócios. "Por meio dessas parcerias podemos transformar microempreendedores individuais em verdadeiros empreendedores com capacidade de competir de igual para igual com outras empresas", diz.Afif - Machado Junior reitera ainda a desburocratização do setor, proposta pelo ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. Conforme ele, trata-se de uma medida importante não só para micro e pequenas empresas e que interfere diretamente na simplificação do país.
"Não sei se neste sentido o problema está na falta ou no excesso. O que sei é que da maneira que está não pode ficar, pois é problema atrás de problema para o empresário. Exemplo disso é que temos uma lei no nosso país chamada Simples, que além de ser difícil de ser cumprida, mostra que o restante é complicado. E se é complicado, temos que descomplicar", explica.O novo presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas pretende ainda ampliar a atuação a instituição no interior como instrumento para fortalecer as entidades de classe do comércio, indústria, do setor de serviços e dos sindicatos rurais.
O presidente da Fiemg, entidade que participou da estruturação do Sebrae de Minas no começo dos anos 1990, assumiu ontem o comando do Sebrae Minas, devendo ficar até 2018, em sucessão a Lázaro Luiz Gonzaga, que dirigiu o órgão entre 2011 e 2014.Foto: Portal Fiemg Fonte: Jornal Diário do Comércio