O TRANSPORTE EM MINAS: SETTRIM


Como uma forma de apresentar a todos os transportadores o trabalho desenvolvido por cada sindicato filiado, a FETCEMG está com uma série de entrevistas exclusivas com as lideranças de cada região.

No último mês, apresentamos o trabalho do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Juiz de Fora e Região (SETCJF) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Sul de Minas (SETSUL).

Nesta semana, apresentamos o trabalho do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Triângulo Mineiro (Settrim). Fundado em 1988, o sindicato representa mais de 4 mil empresas na sua base e possui facil interlocução com os estados de Goiás e São Paulo devido à sua localização privilegiada. Conheça um pouco do trabalho da entidade na visão do presidente, Cleiton César da Silva.

 

 

Como é o setor de transporte de cargas na região do Triângulo?

Hoje, o Settrim tem mais de 4 mil empresas na sua base e atualmente temos um perfil muito dinâmico do transporte por estar na região entre Goiás e São Paulo, que são regiões dinâmicas e que deixam a operação de transporte bem aquecida. O entroncamento rodoviário do Triângulo Mineiro nos coloca em uma posição privilegiada pois a região conecta o Brasil de ponta a ponta.

 

Quais os principais mercados em que as empresas de transporte atuam?

O setor de transporte do Triângulo Mineiro tem vários perfis e vários segmentos. Nós temos muita representatividade no transporte carga fechada, devido ao histórico dos atacados; no agronegócio, que é um setor muito forte; e nós estamos com uma grande expectativa pelo crescimento do transporte de minério, por conta da perspectiva da exploração das minas de basalto, insumo utilizado nas lavouras.

 

Quais são os temas prioritários que o Settrim tem trabalhado junto aos transportadores?

Estamos focados em fazer o máximo possível de repasses de informações relacionadas à Convenção Coletiva e às áreas jurídica e contábil, que impactam na gestão da empresa. A nossa expectativa é trabalhar alguns temas futuros relacionados aos negócios e à política de uma maneira um pouco mais prioritária, porque de acordo com o cenário que avaliamos, é impossível hoje o empresário não estar envolvido nesses cenários.

 

Como você analisa os últimos anos do setor durante a sua gestão no sindicato? Quais os principais desafios? Quais as principais conquistas até aqui?

Nos últimos anos a gestão do Sindicato esteve em um processo de consolidação de um modelo de trabalho voltado a um plano diretor mais complexo para poder dar sustentabilidade à gestão econômica e estratégica da entidade e, principalmente, com a vantagem de ter herdado uma excelente gestão dos presidentes Abud e Ary de Souza.

O principal desafio tem sido trabalhar a integração do setor. O setor de transportes é muito forte, só que é mais ligado à parte de processo das empresas. Então, o empresário de transporte procura se envolver pouco com a classe pois está focado no seu próprio negócio. Nosso desafio é trazer uma visão um pouco mais estratégica e integral do que é o setor de transporte.

As principais conquistas do Settrim na nossa gestão são o aumento do quadro de associados e do portfólio de serviços e o reconhecimento das principais instituições do setor de transporte do papel do Settrim na comunidade e na classe empresarial. É a consolidação institucional e política, principalmente agora com sede própria, tendo um ambiente de negócios adequado para receber as demais autoridades e outras entidades.

  
Qual sua análise sobre o mercado de transporte de forma geral atualmente? Quais as suas expectativas para os próximos meses?

O setor de transporte está cada vez mais se especializando e tendo vários investimentos em tecnologia e em educação. Está se tornando altamente exigente e complexo nas suas operações por estar focado no aumento da eficiência, na redução de custos e, principalmente, devido aos altos custos do setor.

Nossas expectativas dependem do cenário político, mas o que o Settrim pode fazer é dar informação e fortalecer o empresário local para que o ambiente de negócios continue sustentável e equilibrado.

 

Na sua opinião, quais as pautas essenciais que os governos federal e estadual precisam tratar pelo setor?

A infraestrutura da região do Triângulo Mineiro precisa melhorar devido ao grande entroncamento rodoviário. Aqui, as rodovias estaduais estão aquém das necessidades do mercado fazendo com que tenhamos um custo muito grande para o transportador rodar dentro do estado de Minas Gerais e, por nós estarmos na divisa, muitas vezes a operação e os negócios de transporte são realizados nos estados vizinhos que têm rodovias melhores com acesso mais rápido.

 

Como é a Infraestrutura na sua região? O que precisa ser melhorado, quais as principais demandas dos transportadores?

O que precisa ser melhorado é de fato ter uma política estruturante na parte da reforma das rodovias, resolvendo essas questões de licitação e privatização. O país inteiro passa pelo Triângulo Mineiro, nós temos várias indústrias de grande porte e o ponto principal para poder ser mais eficiente é ter uma malha rodoviária melhor do que a existe atualmente. Por mais que acompanhemos os esforços dos governos estadual e federal em privatizações e facilitações, percebemos que ainda está abaixo da necessidade do setor porque o transporte não para.