O Transporte em Minas: conheça o SETCJF


A FETCEMG é a casa do transportador mineiro e nossa newsletter é um canal de comunicação para os Sindicatos filiados.

Como uma forma de apresentar a todos os transportadores o trabalho desenvolvido por cada sindicato, a FETCEMG dá início a uma série de entrevistas exclusivas com as lideranças de cada região.

Hoje, apresentamos um pouco do trabalho do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Juiz de Fora e Região (SETCJF). Trata-se de um dos sindicatos patronais do Transporte de Carga mais antigos do país, tendo sido fundado em 13 de maio de 1976. Desde novembro de 2016, passou a abranger 142 cidades da Zona da Mata.

Conheça a entidade e um pouco do setor de transporte na região na visão do presidente da entidade, José Herculano da Cruz Filho.

 

Como é o setor de transporte de cargas na região da Zona da Mata?

Temos um transporte diversificado e atendemos a várias cadeias produtivas, a exemplo de indústrias moveleiras, têxteis, alimentícias, químicas, petroquímicas, mineração e siderúrgicas. Os transportadores da Zona da Mata levam insumos e produtos acabados para todas as regiões do Brasil, com grande relevância para as regiões Sudeste, Norte e Nordeste.

Quais são os temas prioritários que o SETCJF tem trabalhado junto aos transportadores?

Nossa prioridade é representar e defender os interesses coletivos e promover ações para o desenvolvimento das empresas de cargas da Zona da Mata e, para isso, estamos preparados para prestar suporte qualificado. Dessa forma, buscamos contribuir para a valorização e o fortalecimento dos transportadores, levando conhecimento nas áreas administrativa, financeira, jurídica e ambiental para todos os envolvidos na cadeia do transporte. 

Como você analisa os últimos anos do setor durante a sua gestão no sindicato? Quais os principais desafios? Quais as principais conquistas até aqui?

O grande desafio do setor de transporte é de se reinventar a cada dia, mantendo a gestão e seus recursos. Isso acontece devido aos altos custos dos insumos básicos do setor, que sofreram grande alta devido aos impactos diretos da pandemia no mundo. Nesse cenário, a grande conquista é que o SETCJF, desde o início da nossa gestão, vem conquistando a confiança dos transportadores com trabalho, representatividade e credibilidade, estando mais perto do empresariado. Para isso, investimos em ações direcionadas, procurando entender e levar esclarecimentos a respeito do setor.     

Como você analisa o mercado de transporte de forma geral atualmente? Quais as suas expectativas para os próximos meses?

O setor de transporte vem sofrendo grande impacto em sua conjuntura devido a alguns fatores como o aumento nos custos de mão de obra, peças, serviços e equipamentos. Assim, apesar do grande volume de veículos em operação, o setor vem enfrentando algumas barreiras para ter equilíbrio financeiro nas operações executadas. É importante destacar também a dificuldade para repassar esses ajustes para o valor do serviço prestado.

A grande expectativa é a retomada da economia, propiciando um maior equilíbrio econômico, e que o setor de transporte rodoviário de cargas possa se fortalecer e ser reconhecido como grande braço para o desenvolvimento do país.

Quais as pautas essenciais que os governos federal e estadual precisam tratar pelo setor?

Como no Brasil, e não somente em nossa região da Zona da Mata, nossa infraestrutura viária tem grande urgência de melhorias, devido à complexidade das operações de transportes. Isso decorre da precariedade das nossas rodovias, que aumentam o custo da manutenção dos veículos, impedem a circulação de determinados equipamentos (a exemplo da circulação de caminhões de três eixos), e ainda colocam em risco a segurança das pessoas, pois as vias revelam grande potencial de acidentes, devido ao mau estado de conservação.

Como é a Infraestrutura na sua região? O que precisa ser melhorado, quais as principais demandas dos transportadores?

Apesar de possuir vários corredores com BRs e MGs que cortam a Zona da Mata, convivemos com essas vias cortando perímetros urbanos de várias cidades, causando insegurança nesses corredores. As melhoras que precisamos são duplicações e a reconfiguração de alguns trajetos com um novo desenho de traçado, a diminuição de curvas acentuadas e melhoria na sinalização viária.

A maior reivindicação é sobre o acesso da serra de Petrópolis, que criou-se a restrição de subida dos veículos com três ou mais eixos às sextas-feiras, das 16h às 22h, inclusive véspera de feriado nacional; e aos sábados, das 8h às 14h. Com isso, passamos a ter dificuldade nas operações de transporte com esses veículos, causando um aumento de custo operacional devido ao maior tempo para concluir os serviços logísticos. Diante disso, os clientes não compreendem essa restrição, causando um grande desgaste entre transportadores, clientes e colaboradores.

Lamentamos essa restrição de circulação de veículos ser apenas para os de cargas, com a alegação de causar insegurança viária. Contudo, com o passar do tempo, nem o governo federal e os órgãos responsáveis pela via conseguiram fazer mudanças significativas para o restabelecimento do fluxo nesta via, pois essa restrição tem um impacto nos custos das operações neste trecho. Os transportadores esperam por segurança viária para que seus equipamentos e colaboradores possam desempenhar o cumprimento de suas tarefas em condições dignas e em segurança.

 

Conheça o trabalho do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Juiz de Fora - www.setcjf.org.br - Endereço: Av. Barão do Rio Branco, 2872 - Centro, Juiz de Fora/MG. Telefone: (31) 3215-7367