Nasce um novo Brasil


Artigo do presidente da CNT, Clésio Andrade, publicado no jornal Folha de São Paulo desta quarta-feira (9/8)

A aprovação da Reforma Trabalhista colocou o Brasil no século 21. Ao conferir modernidade e segurança jurídica às relações de trabalho, as novas regras incentivam o investimento produtivo e a geração de empregos no volume e na velocidade que o país precisa para voltar a crescer. Empresas e investidores, aos poucos, estão voltando a acreditar no Brasil.

A flexibilidade trazida pela modernização da Lei Trabalhista é um incentivo ao crescimento das empresas, que se tornarão mais competitivas e mais estáveis. A liberdade de negociação entre patrões e empregados criará um mercado de trabalho mais dinâmico, com maior produtividade, abrindo novas oportunidades de emprego, novos tipos de contrato, jornadas e horários mais adequados a cada atividade e às demandas do nosso tempo.

Para as empresas que querem crescer e para os mais de 14 milhões de trabalhadores desempregados, pressionados pela recessão, o novo mercado de trabalho que está nascendo abre inúmeras oportunidades até então bloqueadas pelas limitações impostas pela velha CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas. A partir de agora, teremos menos conflitos e maior capacidade de negociação, criando uma relação mais madura e mais profissional entre as empresas e seus empregados. Será bom para todas as partes e para o Brasil.

Junto com o teto de gastos, a Reforma do Ensino Médio e a terceirização da mão de obra, a nova legislação trabalhista fortalece o processo de modernização do Estado brasileiro, alinhando o arcabouço legal do país com os setores mais modernos e inovadores da economia mundial.

Essas primeiras mudanças foram suficientes para que a economia iniciasse a espiral de recuperação que estamos vendo, com melhora de vários indicadores.  Crescimento do PIB nacional, queda da inflação, redução das taxas de juros, retomada da produção industrial, melhora nas vendas do varejo e na prestação de serviços são alguns dos indicadores de que a economia saiu do vermelho. 

Hoje, o Brasil tem chances concretas de voltar a crescer, mas, para que os sinais de reação da economia se convertam em crescimento duradouro, é necessário continuar incentivando o investimento produtivo por meio da garantia de segurança jurídica e de condições cada vez mais atraentes para os investidores nacionais e estrangeiros.

Governo e Congresso Nacional devem, portanto, persistir nas reformas estruturais do Estado brasileiro, realizando a Reforma da Previdência com a mesma celeridade, coragem e compromisso demonstrados até agora.  A continuidade das reformas e os bons indicadores econômicos, mesmo em meio a sucessivas crises políticas, dão mostras de que o Brasil amadureceu, de que nossas instituições estão sólidas e de que somos uma nação social economicamente promissora.

Essa é a imagem que voltamos a projetar e que precisamos tornar cada vez mais nítida para o mercado internacional. É de lá que virão os fortes investimentos em infraestrutura e a confiança de que necessitamos para recolocar o Brasil em posição soberana entre as nações mais ricas no mundo. É assim que vamos retomar a rota de desenvolvimento sustentável, com geração de empregos e renda para todos os brasileiros.  É um novo Brasil que está nascendo. 
 


Agência CNT de Notícias