Entre 1999 e 2014, a capital reduziu índice de 18,52 vítimas para cada 100 mil habitantes para 7,11

Em 15 anos, Belo Horizonte conseguiu reduzir a taxa de mortalidade no trânsito em 61%, mas, mesmo com esse resultado, os índices ainda estão acima do que é considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 1999, eram 18,52 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2014, essa proporção caiu para 7,11. O índice aceitável pela OMS é de 6 mortes para cada 100 mil habitantes, taxa registrada na Alemanha e na Inglaterra. Para especialistas, essa redução só foi alcançada graças à expansão do número de radares na cidade. Com os 13 novos equipamentos que entram em funcionamento hoje, a cidade passará a ter um total de 105 redutores de velocidade. A meta agora é fazer com que essa queda seja constante. Para isso, uma ação de conscientização sobre segurança no trânsito foi lançada ontem com a campanha internacional Maio Amarelo, que visa chamar a atenção para as motes no trânsito. Somente em 2014, 43 mil pessoas perderam a vida em ruas e estradas brasileiras. Desse total, 177 foram em Belo Horizonte. Especialistas em trânsito e transportes destacam que a redução é algo para se comemorar, principalmente porque veio no mesmo período em que houve uma alta de 149% na frota de veículos. Porém, eles consideram que os números ainda são altos. “Mais importante do que comemorar a redução é intensificar as ações para que essa queda seja constante, e não algo que aconteceu em determinado período. O número de mortes no trânsito no Brasil ainda é absurdo”, analisou o professor do Departamento de Engenharia de Trânsito e Transporte da Fumec Márcio Aguiar. Ele destaca ainda que a redução das mortes em BH tem relação direta com o aumento da fiscalização por radares. O consultor em trânsito e transportes Silvestre Andrade concorda e destaca que manter essa redução depende da ampliação da fiscalização eletrônica, aliada à melhoria da engenharia de tráfego. “É preciso pensar a circulação de veículos e criar sistemas que priorizem a segurança e a travessia de pedestres. O radar é a forma mais eficaz de diminuir a velocidade dos veículos, reduzindo o risco de acidentes. A fiscalização é feita 24 horas por dia. Todo mundo que cometer a infração será multado”, explicou.

Fonte: O Tempo