Ministério emite alerta para chuva


Foto: Blog do Pesado

A chegada da estação chuvosa fez o Dnit emitir sobreaviso a todas as unidades regionais. De acordo com o Ministério dos Transportes, equipes devem estar preparadas para casos de interrupção de tráfego, como a que fechou a BR-381 no km 286, altura de Timóteo, devido à queda de uma barreira, na noite de sexta-feira. Na manhã de ontem(sábado), o trânsito fluía em apenas uma faixa e funcionários contratados pelo Dnit trabalhavam para limpar a rodovia, que foi liberada no fim da tarde.

Já na BR-259, em Itapina, no Espírito Santo, a queda de um barranco deixou a pista completamente interditada e sem previsão de liberação, na altura do km 79. O trecho fica a 26 quilômetros da divisa do estado com Minas Gerais.

Por problemas desse tipo, o esforço do Dnit se concentra em Minas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Santa Catarina. Estados que historicamente são mais afetados no período chuvoso.

Ainda segundo o ministério, o objetivo é que as obras de emergência sejam executadas no menor tempo possível. “Praticamente toda a malha rodoviária sob responsabilidade do Dnit conta com contratos de manutenção e recuperação. Isso quer dizer que, em caso de danos à rodovias causados por chuvas, a construtora contratada para o trecho irá mobilizar equipes com agilidade para liberar o tráfego rapidamente”, acrescentou a pasta dos Transportes.

Mas a política de manutenção das estradas no país, considerada meramente reparadora, gera críticas entre estudiosos do setor. Para o especialista em transporte e trânsito Silvestre de Andrade Puty Filho, agora não há mais tempo de reparar as estradas para esta temporada. Resta apenas melhorar a fiscalização para evitar acidentes provocados por alta velocidade e manobras imprudentes. “Não dá mais tempo de fazer obras. O que deveria ter sido feito já foi ou não será mais feito. Ao contrário do que vemos nas rodovias concedidas à iniciativa privada, as BRs sob jurisdição do Dnit praticamente só recebem remendos quando já estão ruins. Não há obras preventivas, que evitem o desgaste”, avalia.

A chegada das chuvas é um agravante nessas circunstâncias. As tempestades desta época agravam as condições das rodovias, além de prejudicar a visibilidade e a trafegabilidade. “Se já há buracos no asfalto, as chuvas, o tráfego e principalmente os caminhões que andam com excesso de peso agravam ainda mais esses abatimentos. Onde o pavimento apresenta trincas, a infiltração age diretamente sobre a base de sustentação da rodovia e abre novos buracos”, explica Puty Filho.

Fonte: Jornal Estado de Minas