Micro e pequenas empresas são responsáveis por mais de 67% dos empregos criados em Minas até agosto
O saldo de empregos gerados pelas Micro e Pequenas Empresas (MPEs) em Minas Gerais, nos oito primeiros meses de 2024, chegou a 127.474 novas vagas. O número representa mais de 67% do total do estado no período, conforme dados do Sebrae Minas, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No recorte, as MPEs do setor de serviços foram as que apresentaram melhor desempenho, respondendo por 46% do saldo de empregos criados, o que representa 58.761 novos postos de trabalho. Em seguida, os setores de construção civil (19.967) e da indústria de transformação (18.814) também se destacaram.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, o compromisso do Governo de Minas com os empreendedores mineiros tem mantido as MPES como as maiores geradoras de emprego no estado.
“O crescimento do mercado de trabalho motivado pela atuação das micro e pequenas empresas em Minas reforça a eficiência das iniciativas da Sede-MG em prol da Liberdade Econômica, promovendo um ambiente de negócios menos burocrático, o que garante maior previsibilidade e segurança jurídica para a atuação do empreendedor mineiro”, afirma Passalio.
Serviços lideram
Durante o mês de agosto, os pequenos negócios do setor de serviços se destacaram com a geração de 6.798 novas vagas, obtendo um crescimento de 41,8% em comparação com o mês de julho (quando foram geradas 4.793 vagas).
Com saldo de 3.792 novos postos, o comércio ocupou o segundo lugar em agosto, tendo uma ascensão de 37% dos pequenos negócios em relação ao mês de julho (2.769). A terceira posição ficou com a indústria de transformação, com 3.750 empregos no oitavo mês do ano e crescimento de 57,4% em comparação com o mês anterior (2.382).
As MPEs do setor de agropecuária fecharam o mês de agosto com saldo negativo (- 6.289). Como explica o analista do Sebrae Minas Marcílio Duarte, esse desempenho é comum para o período do ano.
“A queda na geração de empregos pelo setor de agropecuária foi gerada devido à sazonalidade do setor com o fim da safra do café, o que resultou no desligamento de trabalhadores após um período de contratações temporárias. O cultivo do café foi o que teve maior número de demissões”, explica Marcílio Duarte.
Desempenho por região
Até o mês de agosto, as MPEs da região Central responderam por 44,4 mil novas vagas de emprego no estado, seguidas dos pequenos negócios do Triângulo Mineiro (15,8 mil) e do Sul de Minas (15,3 mil), sendo as mais representativas no saldo de novos postos de trabalho por pequenos negócios.
Já em números totais, incluindo médias e grandes empresas, durante o mesmo período, no saldo relativo de empregos, as regiões Noroeste e Alto Paranaíba se destacaram, com 15,2 vagas de emprego a cada mil habitantes na região, seguidas do Triângulo Mineiro, com 12,21 vagas, e da região Central, com 11,77.
Já na região Norte, apesar de terem sido geradas 4,46 novas vagas a cada mil habitantes, houve um crescimento significativo de 70,4% em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Zona da Mata e Campo das Vertentes apresentaram 42,7% de aumento em relação ao mesmo período, tendo sido geradas, a cada mil habitantes, 6,89 vagas de emprego até agosto.
Desburocratização e Liberdade Econômica
Esses resultados refletem a desburocratização do ambiente de negócios de Minas Gerais. Ao todo, o estado já conta com 463 municípios que aderiram à Lei de Liberdade Econômica por meio do programa Minas Livre Para Crescer, beneficiando mais de 11 milhões de cidadãos, o que representa mais de 55% da população mineira e 61% do PIB do estado.
Nos municípios livres, o tempo médio de abertura de empresas é de 16 horas, considerando o prazo de viabilidade e registro.
Além disso, cidades que avançam para o nível intermediário do programa contam com o Redesim+Livre - um projeto realizado pela Sede-MG e sua vinculada Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), com apoio do Sebrae Minas -, que agiliza ainda mais o processo de abertura de empresas no estado. As atividades de baixo e médio risco podem iniciar as operações em poucos minutos.