Meta ‘Zero Acidentes’ é apresentada em São Paulo
Seminário Volvo de Segurança aconteceu na sede da NTC&Logística. Belo Horizonte recebeu evento em novembro de 2014
O Seminário Volvo de Segurança – Zero Acidentes foi realizado na quinta-feira (14) em São Paulo, com participação de empresários e líderes de entidades do setor que lotaram o auditório da NTC&Logística. O evento seguiu o mesmo modelo do encontro realizado em novembro em Minas Gerais, que na ocasião contou com apoio do Grupo Treviso, da Fetcemg e do Setcemg.
Conduzida pela coordenadora do Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST), Anaelse Oliveira, a abertura mostrou a origem desse movimento de conscientização da sociedade sobre um trânsito mais seguro. O PVST foi inaugurado em agosto de 1987 e ganhou ainda mais força em 2012, quando o grupo Volvo estabeleceu uma meta global de zerar acidentes com veículos de sua marca.
“Esse evento é extremamente importante, do ponto de vista de mobilização e engajamento do setor do TRC e, mais especificamente, para falar com os empresários desse setor, em buscar melhoria na questão da segurança no trânsito. E, nesse contexto, a NTC, a entidade nacional que representa o segmento, tem uma importância estratégica, com apoio institucional, porque se trata de um trabalho que leva tempo para promover uma mudança de cultura e amadurecimento de ações efetivas”, afirmou Anaelse.
“O Zero Acidentes e a melhora da imagem do TRC vão de encontro à missão da Fetcemg. Precisamos acreditar que é possível atingir essa meta. É possível e gera retorno, por isso, todo empresário do setor deve investigar e tomar atitudes para que não ocorram acidentes com a sua frota”, comentou Vander Costa na ocasião do encontro em Minas Gerais.
Imagem do TRC e debate
O primeiro painel do evento promoveu uma reflexão sobre a imagem do TRC para a sociedade. O consultor do PVST e panelista do tema, J.Pedro Côrrea, mostrou entusiasmo com o público presente e apresentou dados da pesquisa feita pela Volvo com 1000 entrevistados gerais e 120 especialistas, formadores de opinião. A pesquisa trouxe informações alarmantes e concretizou a necessidade de mudança na percepção do setor perante a sociedade.
Quando questionados sobre o que vinha a cabeça quando pensavam em transporte, as primeiras respostas dos entrevistados foram, na ordem de mais citadas, “má conservação das estradas” (39% de menção) e “falta de segurança” (16%), só em terceiro lugar aparecendo “estrada/viagem”. Já quando afunilada a questão para motoristas e TRC, no “top of mind”, as respostas foram, consecutivamente, “imprudência na direção” (31%) e “acidentes/perigos”, perdendo apenas para aqueles que não lembravam ou não sabiam o que pensar sobre o assunto.
Ainda como resultado da pesquisa, o dado mais alarmante foi a preferência de modais para transporte de cargas, no qual o rodoviário, que representa 60% do que é transportado atualmente, apareceu em 4º lugar.
“O dever de casa de todos nós é trabalhar para ter um TRC forte, mas, para isso, é preciso mudar a imagem do setor. Uma utopia como o “Zero Acidentes” não é só necessária, é algo alcançável com determinação. A segurança trata-se de uma questão ética na empresa, evitar a perda de vidas por erros humanos não é apenas uma utopia por utopia, mas um sonho possível se juntarmos forças”, concluiu Côrrea.
Após a apresentação da pesquisa, J.Pedro Côrrea mediou o debate “Desafio paulista do Zero Acidentes” e “Zero Acidentes: um sonho ou uma possibilidade”, que contou com a participação de lideranças do setor, como: José Helio Fernandes, presidente da NTC&Logísitca; Flavio Benatti, presidente do FETCESP; Manoel Souza Lima Jr., presidente do SETCESP; Oswaldo Dias de Castro Jr., diretor geral da Golden Cargo; Eduardo Lucena, gerente de transporte da Raízen; e Paulo Gottlieb, da TRS engenharia.
Com informações da NTC&Logística