Mais de 770 km em obras até 2016
O objetivo é que todas as rodovias administradas pelo DER sejam consideradas boas ou ótimas
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) prevê até 2016 obras em mais de 770 quilômetros de rodovias, divididos em 28 obras. O valor total orçado proveniente de financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) é de R$ 1,5 bilhão. As obras visam buscar a aprovação dos usuários nas rodovias administradas pelo DER.
Do total dessas obras, 12 já tiveram os editais de licitação publicados no Diário Oficial. Previstas para serem iniciadas em agosto deste ano e finalizadas até outubro de 2015, correspondem a cerca de 270 quilômetros. "Incluem recuperação e recapeamento da pista, pavimentação dos acostamentos, implantação de faixas adicionais, de acostamentos e de dispositivos de acesso, duplicação de pista, readequação de rotatória e recuperação de pista e de acostamentos", explica Clodoaldo Pelissioni, superintendente do DER.
Para estas licitações serão investidos R$ 466 milhões, dos quais R$ 83 milhões vão só para a SP-461, no trecho que compreende os municípios de Birigui, Brejo Alegre, Buritama e Turiúba. O projeto inclui recuperação da pista e dos acostamentos, implantação de dispositivos e faixas adicionais do km 24 ao km 71,98.
As outras 16 licitações restantes têm previsão de publicação de edital para o final deste semestre. O início de todas está previsto para outubro de 2014 e término até abril de 2016. Nelas serão 529 quilômetros que compreendem 38 municípios nos quais serão investidos mais de R$ 1 bilhão.
Para Pelissioni, uma obra de responsabilidade do DER, que não é financiada pelo BID, mas merece destaque, é a duplicação da rodovia SP- 320 (Euclides da Cunha). Nos 186 quilômetros de duplicação foram investidos R$ 880 milhões. "Será possível ir de São Paulo a Mato Grosso inteiramente em pista dupla", afirma. Na pesquisa de 2013 realizada pela Confederação Nacional do Transporte, esta rodovia foi considerada "ótima". "Mesmo antes de ser concluída já está entre as melhores do País", ressalta.
Dados também revelaram que, dos 20 melhores trechos de rodovias brasileiras, 19 estão em São Paulo e um em Minas Gerais. A SP-250 - de responsabilidade do DER - foi a única do estado avaliada como "péssima" nos quesitos geral, pavimento e geometria e "ruim" em geometria. Foram 132 quilômetros de extensão pesquisados. "Esta obra está entre as 28 já previstas e deve começar em outubro deste ano. Queremos que ela passe a ser considerada ótima e esteja entre os melhores trechos de São Paulo", avalia Pelissioni. É também a mais cara: orçada em R$ 371 milhões.
As melhorias nas rodovias também impactam no número de óbitos. "Em 2012 foram 2.330 mortes e no ano passado, 2.206, ou seja, 127 mortes a menos", diz. O esforço do DER é no sentido de melhorar a engenharia e fiscalização das rodovias e reduzir o número de mortes. A meta é chegar ao fim desta década com mil mortes ao ano. "Um bom exemplo é a rodovia Euclides da Cunha, que em 2011 registrou 20 mortes e após a duplicação, em 2012, o número caiu para zero", compara Pelissioni.
Fonte: DCI - Via NTC&Logística
Foto: Leonardo Moraes - Hoje em Dia