Lixo na rodovia traz perigos para os motoristas


Concessionárias administradas pela Arteris recolhem, a cada ano, 8 mil toneladas de detritos. Para conscientizar sobre os riscos de acidentes e danos aos veículos, campanha distribui 270 mil lixeiras aos usuários   O descarte incorreto do lixo é um problema para a conservação da rodovia e, principalmente, para a segurança dos usuários. A cada ano, as concessionárias administradas pela Arteris, uma das maiores companhias de concessão de rodovias do país, recolhem 8 mil toneladas de detritos na pista. Para incentivar os usuários o descarte correto, a empresa distribuirá, a partir de hoje, mais de 270 mil lixeiras de câmbio. A campanha conta também com faixas instaladas nas rodovias. “Diversos tipos de lixo são lançados na pista: latas, garrafas, sacos plásticos e restos de pneus. Trabalhamos para recolher o mais rápido possível, mas contamos com a ajuda dos motoristas para manter as rodovias seguras e em excelente estado de conservação”, afirma a coordenadora de meio ambienta de Arteris, Solange Garcia. Arremessar lixo em uma rodovia é considerado infração média pelo Código de Trânsito Brasileiro, que prevê multa e perda de quatro pontos na Carteira de Habilitação. Dependendo do volume de dejetos abandonados, o motorista pode responder a processo por crime ambiental. Lançar o lixo pela janela do automóvel, além de ser passível de multa, traz riscos aos demais usuários. “Uma sacola plástica pode atrapalhar a visão e uma garrafa pet trazer danos aos veículos e ainda causar acidentes”, alerta o gerente de operações da Arteris, Elvis Granzotti. Objetos pequenos podem parecer inofensivos, mas, quando jogados pela janela do veículo, ganham velocidade e multiplica a capacidade de impacto. Uma garrafa pet, por exemplo, possui apenas 40 g, mas seu impacto no vidro de um carro a 90 km/h dá uma força equivalente a um objeto de 4 kg, o que pode ocasionar até a quebra de um para-brisa. Outro problema é a obstrução do sistema de drenagem da pista. A ação de descartar o lixo na rodovia, associada ao vento e ao deslocamento de ar dos veículos, acabam por levar os objetos para as bordas da estrada e podem entupir as canaletas coletoras de água. O acúmulo de água na pista favorece a aquaplanagem em dias de chuva, o que aumenta o risco de acidentes. Reciclagem As concessionárias administradas pela Arteris mantêm equipes para monitorar e recolher objetos na pista. O lixo orgânico é encaminhado para os aterros próximos à rodovia, enquanto os materiais com potencial para reciclagem recebem essa destinação. A Autopista Fernão Dias, que administra a BR-381, recolhe, anualmente, mais de mil toneladas de detritos. São destinados à reciclagem mais de 800 toneladas de lixo. “Os resíduos recicláveis que são deixados por usuários ao longo da rodovia são encaminhados para os aterros onde existem cooperativas de catadores que dão o aproveitamento adequado aos materiais. Para os resíduos recicláveis gerados internamente, uma empresa especializada faz o reaproveitamento dos materiais”, informa a coordenadora de meio ambiente da concessionária, Julliana Sampaio, que reforça o trabalho de conscientização junto aos colaboradores. “Todos são instruídos a separar adequadamente os materiais de forma a não comprometer o potencial de reciclagem”. Monitoramento 24h A Arteris mantém equipes de inspeção para identificar e remover detritos lançados na rodovia. Caso localize algum objeto na pista, o usuário deve ligar para o telefone 0800 da concessionária e solicitar a remoção. O serviço é gratuito e disponível 24 horas.   Foto:Nilton Cardin/AE Fonte: NTC & Logística