Índice de Equidade do TRC 2024 é divulgado e aponta aumento na proporção de mulheres nas empresas de transporte


No dia 4 de abril, o Vez&Voz apresentou em uma live o atual cenário da equidade de gênero no setor de transporte rodoviário de cargas. É a segunda vez que o relatório que mede o indicador é divulgado, e a versão mais recente apontou que o setor evoluiu 3 pontos em comparação com o estudo do ano passado.

“Estamos aqui para conhecer em detalhes esse indicador criado para avaliar as políticas e ações das empresas em sete pilares: violência doméstica, diversidade, presença feminina nas funções e níveis hierárquicos, programas e benefícios, recrutamento e retenção, treinamento e capacitação e assédio”, anunciou Camila Florencio, coordenadora do Vez & Voz e gerente de comunicação do SETCESP, durante a transmissão.
 

Camila compartilhou que o grande diferencial deste estudo é que cada empresa participante recebe o seu relatório individual e, com isso, pode identificar exatamente se está no caminho certo e onde precisa melhorar.

O índice foi construído pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC) a pedido do Vez & Voz, que aplicou um questionário de 60 perguntas, abordando temas ligados a políticas corporativas, culturas, ocupação e liderança. Foram colhidas um total de 86 respostas de transportadoras, de janeiro a março deste ano.
 
A verificação dos resultados se dá em uma escala que vai de 1 a 100. Acima de 90 significa um ótimo resultado, já abaixo deste número até 66, quer dizer que a organização está no caminho certo. Entre 65 e 51, demonstra um quadro em que dá para melhorar. Já abaixo de 51, conclui-se que é preciso rever as estratégias e conceitos adotados.
 
“Notamos que houve um aumento da proporção de mulheres nas empresas, passando de 15% na pesquisa anterior para 26%. Dentro deste quadro, identificamos que 3% delas trabalham como motoristas e outros 3% estão em cargos de liderança”, informou o analista de dados do IPTC, Ricardo Henrique.
 
Ele também revelou que o pilar de combate ao assédio foi onde houve maior aumento de políticas empregadas. Ainda assim, a média geral do setor na escala ficou em 40 pontos. Na pesquisa do ano passado, a classificação ficou em 37.
 
“Esse resultado indica uma melhora, ainda que discreta, porque nós estamos falando de uma mudança cultural”, pontuou a coordenadora do movimento. “Essa evolução é lenta e as empresas estão no caminho certo”, acrescentou.
 
Camila também chamou a atenção para o ponto principal que fez o setor evoluir. “Um assunto que falamos bastante no ano passado, por conta das legislações que surgiram, foi o combate ao assédio e à discriminação. Aliás, na semana passada, durante o Encontro Vez e Voz, lançamos um e-book gratuito e um curso EAD sobre o tema”.
 
Para a coordenadora, o papel do movimento é guiar as empresas nesta jornada de evolução. Por isso, ela convidou também para participar da live, além de Ricardo, parte do time de Pessoas & Cultura da Transportadora Cavalinho e contar sobre suas ações práticas.
 
A psicóloga organizacional Tamara Pavelski compartilhou que, a partir do relatório da pesquisa recebido o ano passado, a equipe empregou algumas ações, como a contratação de uma plataforma de escuta ativa para um canal de denúncias. “Em recrutamento e seleções, utilizamos algumas estratégias direcionadas para aumentar a contratação de mulheres. Também começamos a usar maior diversidade de pessoas em peças publicitárias”, explicou a psicóloga.
 
“Apesar de não divulgarmos um ranking oficial das empresas, nós fazemos um acompanhamento das notas e a Cavalinho foi uma das que teve maior evolução no Índice de Equidade. Saiu da posição 56 em 2023, para a posição 28 em 2024”, destacou Camila.
 
“Somos muito gratas ao Vez & Voz por nos despertar e encorajar a fazermos mais. O movimento faz com que nossas ações sejam mais tangíveis”, disse Gabrielle Moraes, responsável pela Comunicação Corporativa da Cavalinho.  “Falar que temos uma empresa ESG é muito fácil, mas, na prática, quais são os projetos verdadeiramente feitos que fortalecem o fator humano da organização?”, questionou Gabrielle, propondo a quem assistia à live uma reflexão.
 

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