Greve dos caminhoneiros na pauta
Na terça-feira (10), o jornal O Tempo publicou uma série especial de reportagens sobre as maiores manifestações populares da história do Brasil - todas elas com o transporte como pano de fundo.
A série “A revolta dos centavos” mostra como o transporte - tanto de cargas quanto de passageiros - move e paralisa o país desde a época do império e destaca o setor como “um dos mais complexos e vitais para o desenvolvimento”.
O ponto de partida da publicação é o fato de que até hoje, mais de um mês depois da greve dos caminhoneiros, o país ainda sente os reflexos de pouco mais de 10 dias de paralisação total nas estradas e no abastecimento.
O vice-presidente da Fetcemg, Vander Costa, foi uma das fontes da série. Ele corroborou a opinião de outras lideranças de que o estopim da greve foi o achatamento do valor do frete e o alto preço do diesel.
“Em 1980, o peso do combustível nos custos do caminhoneiro era de 25% do frete. “Eles gastavam mais 25% com manutenção, e sobrava 50%. Era algo que passava de pai para filho. O ideal seria que esse peso variasse entre 30% e, no máximo, 50% do frete, mas atualmente tem casos que chegam a 80%. Então não sobra nada para o caminhoneiro, porque dentro desses 20% ainda tem a manutenção e as despesas pessoais com alimentação. Esse foi o motivo de tanta indignação e da greve”, afirmou.
Confira a matéria com Vander Costa aqui.