Governo quer retomar em novembro leilões para novas concessões
O governo pretende retomar no fim de novembro os leilões de concessão em rodovias, afirmou ontem o ministro dos Transportes, César Borges. Após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff, Borges disse que, no início da próxima semana, serão publicados os editais de dois trechos. Serão oferecidos ao mercado a Rodovia BR-163 em Mato Grosso e um conjunto formado por seções das BRs-060, 153 e 262 no Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Esses são os lotes que mais despertam interesse no setor privado, de acordo com o que concluiu a administração federal, após uma série de reuniões com as concessionárias e construtoras, depois que o leilão da BR-262 no Espírito Santo e em Minas Gerais não atraiu nenhum interessado. Um deles, afirmou o ministro dos Transportes, será leiloado em 27 de novembro. O Poder Executivo espera que o Tribunal de Contas da União (TCU) aprove até o fim do mês os estudos para a concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul. Se isso de fato ocorrer, será leiloada em 17 de dezembro. Já a BR-040 no trecho que sai do Distrito Federal, passa por Goiás e chega a Minas Gerais pode ficar para janeiro, embora o Executivo tenha anunciado, há apenas dez dias, que ofereceria o trecho à iniciativa privada ainda este ano. Originalmente, o trecho deveria ter sido leiloado em janeiro de 2013. Entre empreendedores, há dúvida sobre a atratividade dessa rodovia. Uma das causas é a retirada das praças de pedágio de Luziânia (GO) e Nova Lima (MG), que são de grande tráfego por estar nas proximidades de Brasília e Belo Horizonte, respectivamente. A BR-163 em Mato Grosso do Sul também é vista com ressalvas porque os investimentos para duplicação são grandes e, portanto, o pedágio tende a ser elevado. É a situação oposta da mesma rodovia em Mato Grosso, que já tem boa parte duplicada e previsão de pedágio baixo. Abertis A prioridade da Abertis no Brasil são os investimentos já assumidos, enquanto para os novos projetos os mercados prioritários no continente americano são os Estados Unidos e México, informou o presidente do grupo, Francisco Reynés. Ele salientou, no entanto, que isso não quer dizer que novos projetos de rodovias no País não serão analisados. "A Arteris é uma companhia aberta e somos um dos acionistas. Não podemos reduzir as oportunidades para a Arteris, mas tem que ser uma boa oportunidade", disse o presidente do grupo controlador da Arteris. A companhia tem plano de obras orçado em cerca de R$ 7 bilhões nas nove concessionárias do grupo, entre concessões federais e estaduais. Desse total, R$ 1,3 bilhão está previsto para este ano. Fonte: Diário do Comércio e da Indústria (DCI)
[caption id="attachment_6240" align="aligncenter" width="300"] Foto: BR262 - Arquivo[/caption]