Estado prioriza metrô e BRT, e deixa Anel de fora


[caption id="attachment_4857" align="aligncenter" width="300"] Divulgação[/caption]

O governo de Minas reduziu o número de obras e o valor das verbas solicitadas ao governo federal com a justificativa de priorizar o transporte coletivo. Em reunião ontem, em Brasília, para pleitear parte dos R$ 50 bilhões anunciados pela presidente Dilma Rousseff após a série de protestos no país, foram pedidos R$ 7,3 bilhões para projetos de ampliação e construção de metrô, BRT (transporte rápido por ônibus), trem metropolitano, vias exclusivas para ônibus e faixas para ciclistas e pedestres.

Por outro lado, ficaram de fora pelo menos sete propostas, entre elas as que incluem o Rodoanel e o Anel Rodoviário da capital, esperadas há mais de 20 anos. Engenheiros ouvidos pela reportagem elogiam a iniciativa do governo de colocar o transporte coletivo em primeiro lugar na lista de obras de mobilidade urbana, mas lamentam o fato de o Anel e o do Rodoanel terem ficado de fora do pacote lançado pela presidente há duas semanas.

Dos dez projetos apresentados pelo governo de Minas, apenas três entraram oficialmente na disputa pelos recursos. Foram priorizadas a extensão do BRT, com percurso até Santa Luzia, Ribeirão das Neves e Betim, na região metropolitana; a ampliação do metrô do Barreiro até a área hospitalar, no Santa Efigênia, na região Centro-Sul; e a implantação do Transporte sobre Trilhos Metropolitano, entre Betim e o Belvedere, também na região Cento-Sul da capital, atendendo ainda Contagem, Ibirité e Nova Lima, todas na região metropolitana. As obras pleiteadas pelo governo foram avaliadas em R$ 4,4 bilhões.

Já a Prefeitura de Belo Horizonte pediu R$ 2,9 bilhões para a construção do BRT na avenida Amazonas; a extensão da futura Linha 3 do metrô, ligando Savassi e Belvedere, ambos na região Centro-Sul; além de construção de 100 km de corredores exclusivos para ônibus, expansão de ciclovias e melhorias para a circulação de pedestres no centro.

Exclusões. De acordo com o governo do Estado, as prioridades foram definidas em conjunto e sob a condição estabelecida pela União de que fossem voltadas para o transporte coletivo. Com isso, ficaram de fora os projetos para a construção do Rodoanel, orçado em R$ 4,05 bilhões e visto como meio de reduzir o fluxo de veículos pesados pela capital, e a revitalização do Anel Rodoviário, que custará R$ 1,7 bilhão e é considerada emergencial para reduzir acidentes e congestionamentos.

As melhorias previstas para a avenida Cristiano Machado, com investimento de R$ 247 milhões, também não foram pleiteadas.

Fonte: Portal O Tempo