Empresários e especialistas fazem projeções otimistas para o estado


O presidente da FETCEMG, Vander Costa, esteve presente no encontro de especialistas, empresários, dirigentes de entidades de classe realizada pelo Diário do Comércio em homenagem aos seus 80 anos, comemorado no dia 18 de outubro. Em edição especial publicada nesta quinta-feira (08) o jornal trouxe aos leitores as projeções do cenário para 2032, discutidos no encontro. No caderno constam os desafios econômicos e sociais e apontam soluções, sob a ótica de quatro eixos: indústria, infraestrutura, comércio e serviços e agronegócio. Leia abaixo o que disse o presidente da federação sobre os investimentos em infraestrutura e o diagnóstico do setor.

Setores cobram investimentos em educação e infraestrutura “A estrutura básica legal do setor está posta e daqui a 20 anos a realidade será outra. Precisamos aperfeiçoá-la, mas até lá teremos mais profissionalização para garantir aos clientes que os contratos firmados serão cumpridos. Com isso, teremos atraído empresas estrangeiras para o país em função de um maior retorno do investimento. Muitas empresas vão sair do mercado, mas não pelo fato de serem pequenas, mas pelo fato de serem desorganizadas. Teremos maior eficiência do processo logístico, com investimentos em outras cadeias, como ferrovias, portos e hidrovias. Por isso, o transporte rodoviário de cargas irá perder espaço para outros modais, o que é necessário para o aperfeiçoamento e profissionalização do setor. Para o Brasil crescer é preciso infraestrutura e por isso não dá para o país depender exclusivamente do transporte rodoviário. Tem que desenvolver outros modais. O rodoviário é uma ligação, é uma ligação entre outros modais. Caminhão não é o vilão. Mas para isso temos que ter eficiência. E para termos eficiência temos que ter estrutura” Diagnósticos e alternativas de cada área “O Transporte de carga é um setor que, apesar de ser responsável por transportar 70% da carga industrial do Brasil, é ainda muito organizado. Não tem legislação própria, aliás, não tínhamos, o que faz com que as empresas percam valor no mercado. Por isso, a gente vê poucas fusões e aquisições de empresas do segmento no Brasil e, das poucas que ocorrem, a maioria é desfeita em função de problemas, como os enormes passivos trabalhistas. A falta de regulamentação leva a isso. Estamos trabalhando para organizá-lo e mudar a situação. Colocar regra é fundamental e temos conseguido isso nos últimos anos, com algumas leis já aprovadas, como a que regulamenta a carta-frete. Objetivo da carta-frete ar é dar o autônomo personalidade jurídica, reduzir a carga tributária e regulamentação da profissão de motorista (Lei 12.619). O setor discute essa lei há quatro anos, que é muito boa e vai evitar acidentes e salvar vidas. A gente acredita que a normatização irá fazer com que a profissão de transportador d e cargas seja mais profissionalizada daqui a 20 anos”.

Fonte: Diário do Comércio