Empresariado quer duplicação da BR-251


Situação precária no trecho entre Francisco Sá e a BR-116 (Rio-Bahia) é entrave para desenvolvimento. A situação precária da BR-251, no trecho entre Francisco Sá e a BR-116 (Rio-Bahia) é apontada como um dos maiores entraves ao desenvolvimento do setor industrial no Norte de Minas. O empresariado defende a duplicação da rodovia para atender ao crescimento da demanda impulsionado pelos investimentos de pelo menos R$ 10 bilhões na região. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Regional Norte de Minas, Adauto Marques Batista, a via é um importante corredor de escoamento dos produtos da região. A rodovia é usada tanto para o transporte de cargas direcionadas ao Sudeste e ao Sul do país, quanto para o Norte e Nordeste. Além disso, a exemplo da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares (Vale do Rio Doce) a estrada se transformou em uma "rodovia da morte" em função do elevado índice de acidentes. Segundo ele, as entidades, como a Fiemg, e políticos da região buscam incluir o projeto de ampliação da BR-251 na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Ontem, por exemplo, foi realizada uma audiência pública pela Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para discutir a atual situação da via. A reunião ocorreu em Francisco Sá. Batista aponta também a necessidade de capacitação como um dos desafios para o setor industrial. Com o volume significativo de aportes serão gerados milhares de empregos no Norte mineiro. Transformação - A economia do Norte de Minas vem passando por uma grande transformação. "A região está vivendo a sua segunda revolução industrial", afirma o presidente da entidade. A primeira ocorreu em meados da década, quando os municípios do norte-mineiro foram incluídos na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), resultando em uma série de benefícios, como, por exemplo, desoneração de tributos. Além disso, a região é beneficiada por um pacote de medida anunciadas pelo governo estadual em 2011. A empresa que optar por investir no Norte de Minas pode, por exemplo, ter redução na alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Grande parte dos aportes anunciados será feita em Montes Claros, cidade-polo da região. Um dos motivos apontados pelo presidente para o elevado grau de atratividade está a localização geográfica estratégica. "A cidade tem o segundo maior entroncamento rodoviário do país", diz. Entre os empreendimentos em fase de instalação no município está a fábrica da Alpargatas. A unidade, orçada em R$ 177 milhões, terá capacidade de produzir 102 milhões de pares de calçados/ano e tem previsão de gerar 3,5 mil empregos diretos e 2 mil indiretos. Foto: Guilherme Dardanhan/ALMG Fonte: Jornal Diário do Comércio