Economia nacional apresenta em julho cenário mais otimista do que o esperado


A CNT (Confederação Nacional do Transporte) publicou, nessa quarta-feira (21), o Boletim de Conjuntura Econômica com os dados do Brasil analisados até agosto. O informe traz em destaque o crescimento de 1,4% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em junho. O índice é reconhecido como um indicador antecipado do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado marca o terceiro incremento consecutivo do índice, que se encontra 8,9% acima do nível observado antes da pandemia de covid-19, registrado em fevereiro de 2020. 

O Boletim também destaca o crescimento do volume de serviços de transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio, de 1,8% em junho. O setor contribuiu para o aumento de 1,7% do volume geral de serviços prestados no país no mês, medido pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS/IBGE). Foi o maior crescimento registrado desde dezembro de 2022. 

A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 10,50% reflete a continuidade da estratégia de política monetária adotada pelo Comitê, frente ao aumento da inflação acumulada em 12 meses. A medida foi tomada na reunião do colegiado no fim de julho e visa assegurar a estabilidade econômica e de preços.

Inflação

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de julho contrariou as expectativas e registrou aumento (0,38%) comparado a junho. O índice acumulado nos últimos 12 meses passou de 4,23% para 4,50%. Divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços.

A inflação do diesel nos últimos 12 meses segue uma crescente desde abril quando o acumulado estava em 1,35%. Em julho, o índice do insumo acumulado fechou em 18,14%. O aumento evidencia a pressão persistente sobre os custos de transporte e a inflação no setor. 

Cenário internacional

A taxa de juros no âmbito internacional apresenta um panorama inverso. Em destaque, a taxa na China que passou de 3,45% para 3,35%. A redução busca estimular a atividade econômica, marcada por uma demanda insuficiente em relação às metas de crescimento e por problemas imobiliários. 

Desde o final de agosto do ano passado, não havia mudança de juros no país. O Reino Unido também reduziu a taxa básica de juros em agosto de 2024, de 5,25% (valor vigente desde agosto de 2023) para 5,00%.

Acesse o Boletim de Conjuntura Econômica – agosto 2024