DNIT inicia contratação para implantar novos postos de pesagem e fiscalização
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) deu início ao processo de contratação do novo Plano Nacional de Pesagem.
A iniciativa prevê a instalação de 35 Postos Integrados Automatizados de Fiscalização (PIAFs) em rodovias administradas pelo governo federal em 14 estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Para isso, o Departamento abriu quatro editais de licitação pelo Regime Diferenciado de Contratações (RDC) e marcou a abertura das propostas para os dias 4 e 5 de dezembro.
Por ser automatizado, o modelo reduz o tempo de parada dos veículos no processo de coleta de dados para fiscalização. Uma das principais mudanças é que os postos podem operar sem a presença física do agente de trânsito, que passa a exercer suas atividades em Centros de Controle Operacionais.
Um PIAF tem três unidades: a Estação de Controle em Pista, o Posto de Fiscalização e o Controle de Fuga em Pista. Por meio de um sistema de pesagem em movimento, a Estação de Controle seleciona previamente os veículos com indicativo de excesso de peso, de dimensões ou que tenha outra irregularidade. Somente nesses casos, o motorista será orientado a entrar no Posto de Fiscalização.
Para definir a localização dos postos de fiscalização, foi necessário mapear as rotas das mercadorias. Os PIAFs devem ser instalados o mais próximo possível da região geradora de carga para impedir que veículos trafeguem com excesso de peso e danifiquem o pavimento das rodovias.
O desenvolvimento da tecnologia dos PIAFs é uma parceria entre o DNIT e o Labtrans (Laboratório de Transportes e Logística) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Atualmente, segundo o DNIT, há 73 postos de pesagem em funcionamento.
O excesso de carga nos caminhões aumenta o risco para motoristas e usuários das rodovias e acelera o processo de deterioração do pavimento.
A vida útil das pistas cai, em média, 30%, segundo o professor de Engenharia de Produção e Transportes da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), João Albano. Nas rotas de tráfego mais intenso, a redução chega a 70%.
Fonte: Agência CNT, com informações do DNIT