No acumulado de janeiro a dezembro de 2016 os recursos somaram R$ 7,436 bilhões.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Minas Gerais caíram 28,91% no acumulado dos onze primeiros meses de 2016, somando R$ 7,436 bilhões contra R$ 10,459 bilhões no mesmo período do exercício anterior. A indústria liderou os empréstimos da instituição financeira ao Estado entre janeiro e novembro do ano passado. Em segundo lugar apareceu o setor de infraestrutura.

De acordo com o BNDES, somente a indústria recebeu R$ 3,095 bilhões, valor que representa 41,6% do total liberado para o Estado no período. Mas, na comparação com idêntico intervalo de 2015, foi apurada queda de cerca de 7%, já que naquela época o valor chegou a R$ 3,328 bilhões.

No conjunto dos empréstimos para o setor industrial, o segmento de material de transporte foi o que mais contratou financiamentos junto ao banco, totalizando R$ 1,058 bilhão. Este valor equivale a 34,1% do total e uma alta de 121% na comparação com o montante emprestado em igual período de 2015 (R$ 479 milhões).

A área de metalurgia e produtos também teve destaque entre os setores industriais no que se refere ao montante tomado junto ao banco de fomento nos onze primeiros meses de 2016. Ao todo foram R$ 620,1 milhões, o que significa 20% do total da indústria. Já em relação à mesma época do ano anterior houve redução de 13,86% (R$ 719,8 milhões).

Infraestrutura - A infraestrutura ocupou a segunda posição, em termos de valor, nos desembolsos do BNDES para Minas Gerais, com 25,1% do total. No período, o setor recebeu R$ 1,867 bilhão frente a R$ 2,198 bilhões em igual intervalo de 2015, recuo de aproximadamente 15%.

Entre os segmentos, o destaque ficou com o setor de energia elétrica, cujos empréstimos chegaram a R$ 501 milhões no período, valor que representou 26,8% do total aplicado em infraestrutura. Em relação aos onze primeiros meses do ano anterior houve acréscimo de 32,85%, uma vez que os desembolsos para o setor somaram apenas R$ 377,2 milhões naquela época.

O segmento de transporte rodoviário também se destacou no grupo, recebendo R$ 493,6 milhões no período, o equivalente a pouco mais de 26% do total da área. Quando comparado com o valor tomado um ano antes, foi observada retração de 27,34%, porque em 2015 os desembolsos para o setor chegaram a R$ 679,3 milhões.

Comércio e serviços - Já o agregado de comércio e serviços de Minas Gerais recebeu R$ 1,265 bilhão do BNDES entre janeiro e novembro de 2016. Frente aos R$ 3,825 bilhões registrados em 2015, foi observado recuo de 66,93%.

A agropecuária, por sua vez, recebeu R$ 1,208 bilhão, representando 16,24% do total liberado pela instituição financeira para o Estado. Na mesma época do exercício anterior o valor chegou a R$ 1,107 bilhão, avanço de 9,1%.

Operações – Considerando as operações, o volume no Estado chegou a 54.992 frente a 94.104 na mesma base de comparação, significando retração de 40,29%. Neste caso, o destaque foram comércio e serviços que demandaram 32.460 operações, ou seja, 49,9% do total. Porém, o volume foi menor que o registrado na mesma época de 2015, quando foram registradas 58.429 operações para os segmentos. A baixa foi de 44,4%.

Logo após apareceu a indústria, com 10.205, representando 18,5% do total. O número caiu 41,5% em relação aos onze primeiros meses de 2015, quando foram realizadas 17.447 movimentações. A agropecuária somou 7.333 operações e a infraestrutura, 4.994.

Fonte: Diário do Comércio