Custo logístico brasileiro alcança R$ 635 bilhões


Custo logístico brasileiro alcança R$ 635 bilhões

É voz corrente que o custo logístico brasileiro é alto, devido ao predomínio do setor rodoviário e às deficiências de infraestrutura de transportes, em particular das rodovias. Sabe-se que apenas 12,5% (218 mil km) delas são pavimentadas e que 63% dessas últimas se enquadram nas categorias péssima, ruim ou apenas regular.

Têm surgido mais recentemente tentativas de quantificar este custo. Segundo dados disponíveis na Internet, uma delas, feita em 2014, pela Fundação Dom Cabral, mostra que o custo logístico alcança 11,19% do PIB. Como o PIB chega a R$ 5,521 trilhões, isto equivale a R$ 618 bilhões.

De acordo com este estudo, os setores onde a logística mais pesa são o de papel e celulose (28,33%) e de indústria da construção (21,33%), ou seja, segmentos cujos produtos são de baixo valor. No extremo oposto estão setores como o farmacêutico (5%) e de têxteis e calçados (6,60%).

O trabalho apresenta um gráfico de distribuição deste custo, cujos percentuais ultrapassam 100%, devido a algum engano: transporte de longa distância (48,33%), Armazenagem (19,6%), distribuição urbana (17,79%), custos portuários ( 8,79%), custos administrativos (9,54%) e outros (11,54%).

Quem também vem se dedicando a analisar anualmente os custos logísticos é o Ilos, antigo CEL/COPPEAD . De acordo com os últimos dados disponíveis na Internet (ver quadro), o custo logístico de 2012 era de 11,5% do PIB.

Distribuição dos custos logísticos em 2012(em % do PIB)
Transporte7,1
Estoques3,2
Armazenagem0,8
Administrativos0,4
Total11,5
Fonte: Ilos

Aplicando-se este percentual ao PIB atual, chega-se a um custo logístico de R$ 635 bilhões dos quais R$ 392 bilhões são representados pelo setor de transportes. Ainda de acordo com o estudo do Ilos, o transporte rodoviário de cargas participa com 88% dos custos do transporte, ou seja, com 6,3% do PIB (R$ 348 bilhões).

Este número está ligeiramente abaixo do valor a que chegou, no seu blog deste mesmo site, o consultor Geraldo Vianna (ver “O tamanho do gigante”). Após estimar o PIB do transporte rodoviário de cargas partir dos custos do setor. Vianna conclui que o setor representa 6,7% do PIB, ou seja, R$ 370 bilhões.Custo logístico brasileiro alcança R$ 635 bilhões

É voz corrente que o custo logístico brasileiro é alto, devido ao predomínio do setor rodoviário e às deficiências de infraestrutura de transportes, em particular das rodovias. Sabe-se que apenas 12,5% (218 mil km) delas são pavimentadas e que 63% dessas últimas se enquadram nas categorias péssima, ruim ou apenas regular.

Têm surgido mais recentemente tentativas de quantificar este custo. Segundo dados disponíveis na Internet, uma delas, feita em 2014, pela Fundação Dom Cabral, mostra que o custo logístico alcança 11,19% do PIB. Como o PIB chega a R$ 5,521 trilhões, isto equivale a R$ 618 bilhões.

De acordo com este estudo, os setores onde a logística mais pesa são o de papel e celulose (28,33%) e de indústria da construção (21,33%), ou seja, segmentos cujos produtos são de baixo valor. No extremo oposto estão setores como o farmacêutico (5%) e de têxteis e calçados (6,60%).

O trabalho apresenta um gráfico de distribuição deste custo, cujos percentuais ultrapassam 100%, devido a algum engano: transporte de longa distância (48,33%), Armazenagem (19,6%), distribuição urbana (17,79%), custos portuários ( 8,79%), custos administrativos (9,54%) e outros (11,54%).

Quem também vem se dedicando a analisar anualmente os custos logísticos é o Ilos, antigo CEL/COPPEAD . De acordo com os últimos dados disponíveis na Internet (ver quadro), o custo logístico de 2012 era de 11,5% do PIB.

Distribuição dos custos logísticos em 2012(em % do PIB)
Transporte7,1
Estoques3,2
Armazenagem0,8
Administrativos0,4
Total11,5
Fonte: Ilos

Aplicando-se este percentual ao PIB atual, chega-se a um custo logístico de R$ 635 bilhões dos quais R$ 392 bilhões são representados pelo setor de transportes. Ainda de acordo com o estudo do Ilos, o transporte rodoviário de cargas participa com 88% dos custos do transporte, ou seja, com 6,3% do PIB (R$ 348 bilhões).

Este número está ligeiramente abaixo do valor a que chegou, no seu blog deste mesmo site, o consultor Geraldo Vianna (ver “O tamanho do gigante”). Após estimar o PIB do transporte rodoviário de cargas partir dos custos do setor. Vianna conclui que o setor representa 6,7% do PIB, ou seja, R$ 370 bilhões.

Neuto Gonçalves dos Reis - Diretor Técnico Executivo da NTC&Logística, membro da Câmara Temática de Assuntos Veiculares do CONTRAN e presidente da 24ª. JARI do DER-SP.