Contratos comprovam aumento no valor do aluguel de caminhões em Lagoa Santa
O prefeito de Lagoa Santa, na região metropolitana, Dr. Fernando (PSB), terá de explicar na comissão processante da Câmara os motivos para a elevação do preço praticado no aluguel de caminhões de lixo. Documentos comprovam o aumento de R$ 12 mil para R$ 19 mil mensais por equipamento, uma elevação de 58% no valor.
O caso foi denunciado com exclusividade pelo Hoje em Dia na semana passada. Os contratos foram publicados pela prefeitura no site oficial. Neles constam as assinaturas do prefeito e da responsável pela empresa PAC Ambiental Ltda, que funciona no bairro Tirol, em Belo Horizonte. O contrato, que tem duração de um mês, foi firmado no dia 7 de março com o valor de R$ 95,2 mil, referente ao aluguel de cinco caminhões, o que dá pouco mais de R$ 19 mil por equipamento.
Nos contratos, há a exigência de que os caminhões tenham, no máximo, quatro anos de uso. A contratação dos trabalhadores e a compra de combustível já estão incluídos.
Antes, o acordo firmado pelo ex-prefeito Rogério Avelar (PPS) com a mesma empresa previa o pagamento de R$ 12 mil mensais por caminhão. Este contrato teria validade até o dia 31 de março deste ano, mas foi rescindido bem antes do prazo. Dr. Fernando decretou situação de emergência na cidade e o documento perdeu a validade.
Comissão
Por conta do impasse, foi criada na Câmara de Lagoa Santa uma comissão processante para avaliar a situação. O grupo – formado pelos vereadores Carlinhos Barbosa (PP), Aline da Farmácia (PMDB) e Juninho de Pedro (DEM) – tem 90 dias para concluir o caso.
O prazo começou a contar no dia 7 de abril, quando foi acatada a denúncia apresentada pelo servidor público Ricardo Viana. O documento foi lido na sessão do plenário e a abertura da comissão foi aprovada por unanimidade entre os parlamentares.
O assunto teve grande repercussão. Na semana passada, ruas de Lagoa Santa amanheceram lotadas de panfletos que acusam os vereadores de terem recebido propina para cassar o prefeito.
Carlinhos Barbosa criticou a situação. “Espalharam panfletos acusando todos os vereadores. Se alguém recebeu para isso, que denunciem o caso no Ministério Público ou procurem a polícia”, disse.