Conecta: conheça algumas das soluções apresentadas pelas startups selecionadas


Veja os produtos e negócios de empresas que foram selecionadas para fazer parte do programa de impulso a startups da CNT e do BMG UpTech

 

 

Nos dias 20 e 21 de junho, ocorreu o primeiro encontro do Conecta, programa de impulso a startups desenvolvido pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) em conjunto com o BMG UpTech.

Durante o evento, o setor transportador conheceu as soluções desenvolvidas pelas empresas selecionadas para participar da primeira fase do programa. Conheça algumas delas:

Biosolvit

Resíduos naturais que conseguem absorver o petróleo dos oceanos. Esse é o principal produto da Biosolvit, startup de biotecnologia aplicada. Por meio de matérias-primas como fibra de coco, palmito e bagaço de cana, a empresa desenvolveu um produto que consegue absorver óleos para uso em terra ou no mar. Além disso, a tecnologia permite o reaproveitamento de cerca de 95% do material absorvido, devolvendo o petróleo para a refinaria.

De acordo com o fundador e CEO da startup, Guilhermo Queiroz, 1 kg do produto absorve mais de 25 kg de óleo em 15 minutos. “Trata-se de um mercado promissor com projeções em torno de US$ 180 bilhões para 2025. Em 2017, esse número alcançou a casa de US$ 180 bilhões. Estamos falando de uma tecnologia limpa que resolve problemas ambientais”, ressalta.

Queiroz explica que o Conecta tem diferenciais para acrescentar. “As conexões que a gente faz são extremamente relevantes. Além da possibilidade de se relacionar com o ecossistema bastante rico da CNT. O programa é ótimo e faz todo sentido para a gente integrá-lo”, comemora.

Filho sem Fila

Pensada para dar mais comodidade aos pais que buscam filhos nas escolas ou aos que dependem do transporte escolar para pegar as crianças, a Filho sem Fila já atende a mais de 130 escolas no Brasil e está iniciando os trabalhos no Canadá, no México, no Paraguai e na Colômbia. Trata-se de um sistema logístico para o momento da saída dos alunos que rastreia a posição dos veículos dos pais, assim como a dos escolares, e avisa às escolas, com dez minutos de antecedência, que eles estão chegando. Assim, elas preparam as crianças, para que, quando os veículos cheguem, elas já estejam prontas para sair.

“Nosso objetivo é reduzir a violência urbana do lado de fora da escola, assim como melhorar o trânsito na proximidade dos colégios. Pais que optam pelo transporte escolar também sabem o momento de embarque e desembarque e a posição do ônibus por meio de um aplicativo disponibilizado a eles”, explica o CEO da startup, Leo Gmeiner.

Arbache

Você já ouviu falar em gamificação? O termo é usado para o uso de mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar pessoas, resolver problemas e melhorar o aprendizado. Nas empresas, a técnica pode ser aplicada em várias áreas, como vendas, treinamentos, recursos humanos e gestão de pessoas. No setor de transporte, pode ser utilizada para treinamentos de motoristas e, também, simuladores de inteligência artificial e redes neurais para fazer processos seletivos mais precisos.

Essa é a solução oferecida pela Arbache Innovations, empresa de treinamento de recursos humanos, que, além da inteligência artificial e gamificação dos processos, trabalha com uma plataforma de mentoring que liga profissionais de diversas áreas a coaches e mentores. O CEO da Arbache, Alexandre Azevedo, destaca que a empresa utiliza o que há de mais moderno em inteligência artificial e Database para poder cruzar informações e melhorar questões centrais do segmento de transporte.

“Enxergamos, no setor de transporte, vários projetos que podemos criar com produtos específicos para gerar engajamento, pensando em treinamentos exclusivos para os motoristas e para todos os modais, mapeando competências que precisem ser treinadas para que os profissionais produzam mais. As ferramentas estão prontas. Só é preciso sentar, conversar e adaptar”, finaliza.

Pedala

É adepto de compras via internet? A Pedala é uma empresa de logística sustentável que transporta produtos por bicicleta. Atualmente, a startup está sediada no Rio de Janeiro e faz cerca de 600 entregas por dia (cargas de até 5 kg). “Não é só o frete ecológico que faz o consumidor final clicar. É preciso ser mais rápido e ter um custo menor. Sustentável é o ecológico alinhado à economia”, explica o CEO da empresa, Alexandre Messina.

Ele conta que, atualmente, cerca de 120 milhões de pessoas estão conectadas à internet no Brasil. Entretanto somente 5% das compras são feitas de forma virtual. Em países como a China, por exemplo, esse percentual chega a 20%. “Um dos motivos para a compra ser física é o fato de a logística ter altos custos, prazos demorados para chegar e frete alto. A Pedala tem o propósito de entregar mais rápido, com custo menor e de forma sustentável.”

Termoweb

A Termoweb atua desenvolvendo soluções para o gerenciamento na cadeia do frio, seguindo a tendência IoT (Internet das Coisas). O sensor desenvolvido pela empresa realiza o monitoramento de temperaturas e a rastreabilidade térmica da carga transportada, podendo servir para diversos ramos, como indústria, saúde, alimentação e varejo.

Nilton Bernardes, fundador da empresa, ressalta que o foco era trazer uma ideia simples e funcional para o setor. “Nossos softwares podem ser aplicados nos mais diversos tipos de ambiente, possibilitando eliminar processos manuais, proporcionando agilidade, confiabilidade e segurança na informação coletada”, explica. Os sensores da Termoweb podem, além de garantir a temperatura da carga, informar anomalias no processo produtivo de transporte ou armazenamento ao usuário, em tempo real, que podem garantir ações corretivas e preventivas imediatas.

Wiimove

Quem depende do carro para trafegar nas grandes cidades e anda pensando em deixar o veículo na garagem pode acessar os serviços oferecidos pela Wiimove, plataforma digital voltada ao transporte urbano que oferece solução de mobilidade para que empresas possam unir ativos de mobilidade fixos e móveis, como o uso de vagas de garagem ou carona.

Os empregados se cadastram por meio do aplicativo e, a partir daí, criam trajetos únicos ou de rotina, a pé, de bicicleta ou de carro. Em seguida, os trechos são comparados com os de outros colaboradores, e o usuário recebe uma notificação sobre oportunidades de carona. Márcio Nigro, CEO da Wiimove, explica que as empresas gastam de 9% a 25% do seu orçamento em transporte para seus profissionais e que é possível reverter esse valor em favor da sustentabilidade e da qualidade de vida do empregado, que poderá utilizar o dinheiro economizado para outras atividades.

Nigro ainda destaca que a empresa pode criar campanhas internas com o aplicativo e parar de fretar meios de condução para seus empregados. “A empresa pode investir o dinheiro que era gasto com o fretamento e repassar para os profissionais que passaram a compartilhar carona ou utilizar bicicletas, por exemplo, no trajeto final para o trabalho”, conclui.

Venuxx

Ao pensar no empoderamento da mulher e no mercado de mobilidade urbana voltado para o sexo feminino, foi criado o Venuxx, espécie de Uber das mulheres. Presente em Porto Alegre (RS), Belém (PA), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG), o aplicativo é exclusivo para mulheres, da motorista à passageira. A diretora de marketing e comunicação da Venuxx, Gabrielle Jaquier, explica que a tecnologia foi criada devido à demanda por esse tipo de serviço e, também, para suprir um espaço que a igualdade de gênero possui na questão de mobilidade urbana.

“Conectamos exclusivamente mulheres, tanto motoristas quanto passageiras. Nosso aplicativo foi pensado para atender às necessidades do universo feminino. Temos uma plataforma que fornece solução de transporte seguro, confortável e por um preço justo e acessível.”

A.I.M

Passageiros que passam por rodovias concedidas geralmente desconhecem os serviços oferecidos pelas concessionárias. Ao pensar nisso, a A.I.M, plataforma digital que conecta usuários às rodovias, oferece aplicativos às empresas compilando todos os serviços oferecidos a eles. O conceito foi desenvolvido como uma forma de reinventar a maneira como o usuário se conecta com as concessões rodoviárias, que, antes, tinham foco nos veículos.

O CEO da A.I.M, Igor Fonseca, destaca que o projeto-piloto implantado já trouxe resultados e que o projeto vem atraindo novos atores. “Por meio da plataforma, a concessionária Rota das Bandeiras foi eleita a empresa do ano no quesito relacionamento com o usuário. Isso demandou um interesse grande com o mercado em volta, tanto das cidades que a rodovia corta, quanto das pessoas que utilizam a plataforma. Queremos promover novas ferramentas de relacionamento ágeis que façam com que as pessoas interajam de forma diferente nas rodovias.”

Fonte: Agência CNT de Notícias