CNT apresenta publicação sobre biometano na COP27, no Egito


Nesta sexta-feira (18), se encerra, no Egito, um dos maiores encontros dos últimos tempos sobre mudanças climáticas, tema considerado urgente e que tem mobilizado governos e sociedades em todo o mundo. Trata-se da 27ª edição da Conferência do Clima (COP), realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que reuniu 200 países. A Confederação Nacional do Transporte (CNT) esteve presente a convite do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e apresentou a publicação Biometano – Uma alternativa limpa para o modal rodoviário, no painel Programa Metano Zero, no estande do Ministério na COP27.

Ao representar a CNT, a gerente executiva ambiental, Erica Marcos, destacou a atuação da Confederação em relação ao tema e ao papel essencial e estratégico do setor transportador na transição energética e na redução de emissões do país. Discorreu também sobre os desafios para acelerar a utilização de veículos movidos a energia renovável. O painel contou com a participação do Secretário Nacional da Amazônia e de Serviços Ambientais do MMA, Marcelo Donnini Freire. Também estavam presentes a representante da Associação Brasileira de Biogas, Maria João Rolim, e o vice-presidente da StoneX Group, Alfredo Nicastro.

Na ocasião, Erica Marcos entregou ao ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, a publicação da Confederação apresentada na COP27, juntamente com outra sobre eletromobilidade. Ambas fazem parte da série da CNT sobre Energia no Transporte. A ideia principal é mostrar as alternativas de energia limpa produzidas e o contexto internacional e nacional da adoção dessas novas tecnologias, bem como as vantagens e desafios de sua adoção, além dos aspectos técnicos e ambientais de cada tipo. São informações com foco no transportador e que visam incentivar a redução do consumo de combustível fóssil, além de tornar mais eficientes os veículos pesados, como caminhões e ônibus, e de promover o uso de tecnologias menos poluentes.

No caso do volume sobre biometano, a edição mostra, ainda, que as emissões de veículos movidos por essa fonte energética são menores em comparação com veículos do ciclo diesel e gás natural. A média geral de diminuição de emissão é de 64%, com destaque para o percentual de redução de ônibus, que foi de 75% em relação ao diesel. A publicação mostra, também, montadoras instaladas no país que já possuem tecnologia para produzir veículos aptos a receber esse tipo de combustível.

No Brasil, a produção, o uso e a comercialização de biometano estão previstos em atos normativos. Embora o decreto que estabelece o uso do gás natural em veículos automotores e motores estacionários tenha sido editado em 1966, somente em 2017 essa utilização foi regulada tecnicamente, quando foram estabelecidos os padrões para aprovação do controle de qualidade.

A gerente ambiental da CNT participou de vários espaços de discussão e acompanhou os desdobramentos técnicos de demais temáticas, como a utilização de hidrogênio verde como nova fonte energética no Brasil e a importância da renovação de frota para o setor de transporte.

 

Acesse as publicações da CNT:

Biometano – Uma alternativa limpa para o modal rodoviário

Eletromobilidade – Uma das soluções para alcançar a neutralidade de carbono

 

Fonte: CNT