CNT abre escritório na China para atrair investimentos em transporte e infraestrutura
Segundo o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, a CNT pretende incentivar o intercâmbio de tecnologias entre os dois países.
Começa a funcionar neste mês de abril em Pequim, na China, o primeiro Escritório Avançado da Confederação Nacional do Transporte (CNT) no exterior. Os objetivos da medida são atrair investimentos para os setores de transporte e infraestrutura no Brasil, estreitar as relações e facilitar a troca de experiências e tecnologias entre os empresários dos dois países. Segundo o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, o papel da CNT é despertar o interesses dos investidores chineses, além de buscar novas tecnologias e oferecer suporte em negócios e parcerias. “A CNT será uma ponte entre os empresários dos dois países. A meta é criar oportunidades que estimulem a economia brasileira, com melhorias para a infraestrutura de transporte”, explica. A China foi escolhida porque é o principal parceiro comercial do Brasil. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que, em 2013, o comércio bilateral somou US$ 83 bilhões – US$ 46 bilhões em exportações e US$ 37 bilhões em importações. O valor é quase o dobro que o registrado em trocas comerciais com todos os países do Mercosul no ano passado, US$ 43,9 bilhões. Clésio Andrade destaca a importância de aproveitar esta oportunidade porque o governo federal não tem capacidade de fazer os investimentos necessários em infraestrutura. “Os inúmeros entraves em logística fazem com que o Brasil perca competitividade. Por isso, a participação da iniciativa privada é fundamental e representa uma boa alternativa para desenvolver o setor de transporte”, afirma. Primeiras ações Em 2014, dois workshops – o primeiro no Brasil e o segundo na China – devem ser realizados para facilitar o intercâmbio entre os empresários, além de contribuir para identificar as oportunidades de negócios para os empreendedores. “Os executivos brasileiros poderão conhecer, por exemplo, quais as soluções adotadas pela China para executar com eficiência os seus sistemas de transporte”, diz Clésio Andrade.