Cenário Econômico é tema da primeira edição do Encontro de Empresários do Setcemg
Gerente e assrssor de segurança patrimonial da Fetcemg, Vanessa Borges e Ivanildo Santos, estiveram presentes.
Com expectativas otimistas, a economista e comentarista da Rádio Itatiaia, Rita Mundim, falou nesta quinta-feira (20), para uma plateia atenta de transportadores e representantes da cadeia produtiva do transporte, sobre um Brasil que trabalha, que controla suas contas e se prepara para o crescimento virtuoso. A economista abriu a primeira edição de 2020 do Encontro de Empresários do Setcemg, parte do projeto “Apoiadores do Setcemg”, no auditório do sindicato.
Com a presença do presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa, o encontro foi aberto por Gladstone Lobato, presidente do Setcemg e vice-presidente da Fetcemg, que lembrou a importância do projeto “Apoiadores do Setcemg” e convidou todos a ouvir a análise de Rita Mundim sobre o cenário econômico e as expectativas para um futuro próximo.
Partindo da constatação que o mundo vive uma quebra de paradigmas, sendo o maior deles o preço do dinheiro que perdeu valor, Rita iniciou sua palestra afirmando que: “Acabou o Brasil da agiotagem, o Brasil da farra”, referindo-se aos governos anteriores. Em seu argumento, o Brasil agora irá trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável e o setor de transporte será vital neste cenário.
DINHEIRO NÃO PRODUZ RIQUEZA
“Dinheiro não produz riqueza”, disse, acrescentando que com isso cresce a importância das pessoas, do conhecimento, das ideias que criam projetos que são transformados em trabalho produtivo.
Mundim fez um breve relato sobre a história econômica do país, seus desdobramentos e dificuldades, iniciando na década de 80 com o Plano Cruzado de Sarney, passando pelo Plano Collor (bloqueio da poupança), Plano Real, a política de juros altos e dólar baixo, etc. Alguns trazendo certa estabilidade e outros endividamento e dificuldades econômicas.
Agora, segundo Mundim, o atual ministro Paulo Guedes com sua política econômica, traz um ambiente propício para prosperação dos negócios no país. “O ministro está empenhado em uma política de Estado, enxugando gastos e controlando os juros. Com isso, está 20% mais barato investir no Brasil”. Citou a reforma da previdência e as mudanças na lei trabalhista como medidas que apontam que dão segurança para os investidores e empresários.
Mundim acredita em um crescimento de até 2% para este ano, com o dólar oscilando entre 4,10 a 4,35 reais. Para ela, isso é muito bom, pois o país não tem mão de obra qualificada e infraestrutura adequada, principalmente, para manter um ritmo mais acelerado de crescimento e todo o mundo está com os índices mais baixos, com exceção dos asiáticos.
Buscando a teoria das ondas de Alvin Toffler (*) para respaldar sua confiança no crescimento, a economista alertou, no entanto, para a necessidade de os empresários buscarem a qualidade com a padronização dos processos produtivos com o propósito de adquirir produção em escala para atender aos padrões globais.
A tendência é da “interdependência e da cooperação. Precisamos amadurecer como indivíduos e aprender a cooperar. Nós juntos e misturados”, finalizou.
Os transportadores presentes mostraram a confiança no crescimento do Brasil e o empenho do setor para transportar com eficiência a riqueza do país.
AS TRÊS ONDAS SEGUNDO TOFFLER (*)
Toffler em uma entrevista à BBC Brasil, em agosto de 2002, disse: No caso do Brasil, por exemplo, eu acredito que existam na verdade três países diferentes. Há o Brasil da primeira onda, em que as pessoas trabalham na terra da forma que seus ancestrais faziam há centenas de anos, produzindo só o necessário para sobreviver. O Brasil da segunda onda é visto em São Paulo e em várias outras regiões do país, com grande urbanização, muitas indústrias, engarrafamentos e poluição. E também é possível encontrar no Brasil, de uma forma ainda incipiente, uma parte da sociedade que já vive a terceira onda. São pessoas que estão na internet, usam computadores de forma rotineira e têm empregos que exigem um conhecimento cada vez mais sofisticado. O Brasil é um país heterogêneo, cultural e racialmente, e hoje também comporta três estruturas econômicas diferentes.
NOVA EDUCAÇÃO
The Future as a Way of Life deu origem ao livro Future Shock, publicado por Toffler em 1970. Neste livro, ele defende que a nova educação deve ensinar o indivíduo sobre como classificar e reclassificar informações, como avaliar sua veracidade, como mudar as classificações quando necessário, como mover do abstrato para o concreto e vice-versa, como olhar problemas sob novas perspectivas, sobre como ensinar a si mesmo. E conclui com uma das frases mais famosas atribuídas a ele (mas dita pelo psicologista Herbert Gerjuoy): O analfabeto de amanhã não será aquele que não sabe ler, mas aquele que não aprendeu como aprender.
Com informações do site da BBC Brasil e Globo.com