Café com Palestra do Setcemg aponta os desafios e soluções na gestão das empresas de TRC
Em evento voltado aos transportadores de carga, o especialista em Logística Paulo Resende abordou os principais assuntos relacionados ao setor de transportes de carga no Brasil
O Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg) promoveu nesta terça-feira (5), mais uma edição do Café com Palestra, dessa vez com o tema “A Logística no Brasil e seus Reflexos na Gestão das Empresas de Transportes de Cargas”. O palestrante foi o P.h.D em logística e gestão e diretor executivo de Desenvolvimento e Pós-Graduação da Fundação Dom Cabral (FDC), Paulo Resende. O evento aconteceu na sede da entidade, em Belo Horizonte, e reuniu empresários e executivos do transporte rodoviário de cargas (TRC).
A demanda por transportes de cargas no Brasil aumenta significativamente a necessidade de ativos e processos. E a infraestrutura brasileira não contribui para que tal resposta seja eficiente, principalmente pelas condições precárias das rodovias do país. Diante desse cenário, Paulo Resende falou sobre os efeitos da falta de infraestrutura na competitividade do país. “Operar no Brasil com as condições que operamos significa um desafio constante para não reduzir o lucro. Essa lógica é inversa à dos países desenvolvidos que investem nesses ativos e que lutam apenas para aumentar o lucro”, afirmou.
De acordo com o especialista, estudos comparativos indicam que um caminhão rodando nas estradas do Brasil tem metade da vida útil de um idêntico rodando nos Estados Unidos. Ainda neste comparativo, uma empresa de transporte de carga naquele país tem um custo logístico de 8% da arrecadação, enquanto uma empresa do mesmo porte no Brasil tem o custo verificado de 12%. “Isso significa menos dinheiro no bolso do empresário, que poderia investí-lo no aumento da frota ou em centros de armazenagem, por exemplo”.
Resende ainda afirmou que os investimentos previstos para a infraestrutura no Brasil correspondem a um quarto do que seria realmente necessário. “A estimativa é de que seriam necessários, para os próximos 10 anos, cerca de um trilhão e 200 bilhões de dólares investidos, ao passo que nós temos 320 bilhões de dólares programados para esse período”, afirmou.
Segundo o especialista, existem soluções viáveis a curto e médio prazo para os transportadores. “O caminho a ser seguido é dividido em três pontos fundamentais: reunir esforços em parcerias, investir na boa gestão da frota para tirar o máximo de proveito dela e ficar atento aos recursos humanos, investindo na qualificação dos trabalhadores”, disse.
O presidente do Setcemg, Sérgio Pedrosa, destacou a importância do tema tratado para os transportadores. “A informação é a melhor arma que o empresário tem para poder fazer seus planejamentos. Nos sentimos honrados em trazer um dos nomes mais importantes da logística no Brasil, representando uma das maiores escolas de negócios do mundo, para ajudar os transportadores a olharem para os seus negócios e traçarem suas metas e desafios para o futuro”, finalizou.
Consórcio Maggi - Oportunidades aos transportadores
Essa edição do Café com Palestra contou com o patrocínio do Grupo Maggi, que apresentou o Consórcio Maggi com condições especiais para a renovação da frota dos associados do Setcemg.
O consórcio tem a menor taxa de administração do mercado, com 5,5% para o período de 100 meses. Após a contemplação, o associado pode alienar seu próprio bem e injetar como capital de giro na sua empresa, um crédito de R$ 133.255 reais com parcelas de apenas R$ 1.419,16 ao mês. Um plano nunca visto no mercado com uma taxa administrativa de 0,66% ao ano.
[caption id="attachment_6570" align="aligncenter" width="300"] Foto: Ludmila Soares/Setcemg[/caption]