BR-262: Pedágio já em 27 de junho


Serão 11 praças de cobrança de Betim a Brasília, e as tarifas variam de R$ 2,90 a R$ 5,60

A partir do dia 27 de junho, quem trafegar pela BR–262, de Betim, na região metropolitana, até o Triângulo Mineiro vai pagar pedágio. Quem subir pela BR–153 para Goiás e pela BR-60 até Brasília, também vai pagar. A Triunfo Concebra, que venceu a concessão de um trecho de 1.176,5 Km nessas rodovias, já iniciou uma campanha educativa e que vai até o dia 26 e, dentro de nove dias, começará a cobrança nas 11 praças de pedágio. São sete em Minas Gerais (Prata, Fronteira, Florestal, Luz, Campos Altos, Perdizes e Campo Florido) e quatro em Goiás (Alexânia, Goianápolis, Professor Jamil e Itumbiara). Para automóveis, as tarifas variam de R$ 2,90 a R$ 5,60, de acordo com a distância das cidades. O preço ficou acima do anunciado na época do leilão (dezembro de 2013), que era de R$ 2,85. Os reajustes foram feitos com base na inflação.

A partir do fim deste mês, quem for de Belo Horizonte a Nova Serrana, no Centro-Oeste mineiro, por exemplo, vai passar apenas por um posto e vai pagar R$ 4, só na ida. Já quem for até Araxá, no Alto Paranaíba, vai ter que gastar R$12,60 para pagar três pedágios. Para chegar até Uberaba, no Triângulo, serão quatro postos, com um desembolso de R$ 17,90.

O início da cobrança estava vinculado ao término de 10% das obras de duplicação de cerca de 650 Km. A Triunfo Concebra informa que recebeu autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), após a conclusão da duplicação de 65 Km, entre Uberaba e o entroncamento das BRs 262 com 153. Segundo a concessionária, o próximo trecho a ser duplicado é o de Uberaba até Nova Serrana que, mesmo sem ter recebido melhorias, já está sendo tarifado.

Em todo o trecho concedido, de Betim a Brasília, a concessionária instalou 24 pontos de apoio ao usuário, com socorro médico e mecânico a cada 100 Km.

Sem isenção. Para quem mora em uma cidade e trabalha em outra, e tem que passar por uma praça de pedágio, a notícia não é boa. A concessionária afirma que não haverá nenhum tipo de desconto. Os únicos a terem isenção serão os veículos que prestam serviços públicos. As pessoas poderão pagar em dinheiro, chip ou vale-pedágio. Se na hora, o motorista não tiver como pagar, vai assinar uma nota promissória e se responsabilizar pelo pagamento em até 72 horas. Caso contrário, será multado em R$ 127,69 e terá registrado cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Para o coordenador do curso de ciências econômicas da Newton Paiva, Leonardo Bastos, a maior polêmica não é pagar para atravessar de uma cidade a outra. “Isso já está previsto no contrato, que considera trechos. O problema é que somos multitributados, pois já pagamos IPVA e temos que pagar pedágio para que uma empresa garanta o que o governo não tem como oferecer, que são estradas em boas condições. Sem falar que encarece o frete e há também uma pressão inflacionária, já que o custo é repassado aos produtos transportados nas rodovias”, afirma Bastos.

BR–040. A cobrança de pedágio também está prestes a começar na BR–040, de Juiz de Fora (Zona da Mata) até Brasília, está próxima. Segundo a concessionária Via 040, até meados de julho, os 10% das obras de duplicação exigidos em contrato para autorizar o início da cobrança estarão prontos. Trata-se de 58,6 Km entre João Pinheiro (Noroeste de Minas) e Luziânia (Goiás). Até o fim do mês que vem, as 11 praças de pedágio já estarão totalmente instaladas. A partir daí, é só aguardar o sinal verde de ANTT.

A tarifa aprovada é de R$ 3,22, mas deve ser reajustada. Nesta terça, durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa, deputados prometeram formalizar uma denúncia junto ao Ministério Público e acionar a Justiça para isentar a cobrança de quem mora em cidades como Sete Lagoas, e trabalha em outra.

Fonte: O Tempo