Instituição prorroga isenção de tarifa e aumenta prazo de pagamento para até 72 meses na linha Finame PSI

Diante do atual cenário de desaquecimento da economia, com recuo nos investimentos por grande parte da indústria, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) está oferecendo condições especiais para micro e pequenas empresas (MPEs) que solicitarem financiamentos da linha Finame PSI, especialmente naquela voltada para a aquisição de ônibus, caminhões, máquinas e equipamentos novos, fabricados no Brasil.

A isenção da Tarifa de Análise e Acompanhamento de Crédito (TAAC) foi estendida até 31 de dezembro para as empresas com faturamento anual de até R$ 30 milhões. O benefício representa para o cliente uma economia de 1% do valor financiado, segundo o BDMG.

O prazo para pagamento também foi estendido para até 72 meses. Os empréstimos podem ser solicitados pela internet ou via correspondentes bancários espalhados pelo interior do Estado. Já para as médias e grandes empresas, o BDMG disponibiliza atendimento personalizado por meio de seus gerentes de negócios.

De acordo com a gerente de Marketing da instituição, Ana Veryna Aguiar, o BDMG decidiu melhorar as condições do produto - o prazo anterior era de 60 meses para os clientes que faturam até R$ 30 milhões - para estimular o cliente a fazer o investimento. "Sabemos que o mercado está desaquecido. E, dessa forma, consideramos que seria importante melhorar as condições para os clientes desses setores, dar a eles esse incentivo até o fim do ano", afirmou.

Segundo Ana, a expectativa é aumentar de forma significativa as operações do BDMG no Finame, já que as condições ofertadas são melhores do que no restante do mercado. "Os clientes devem aproveitar essa oportunidade, já que os prazos não devem ser ampliados mais, porque a tendência é que a política econômica do país seja alterada no ano que vem, com a mudança de governo", ressaltou .

A gerente executiva da regional mineira da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Regiane Nascimento, avaliou como positiva a iniciativa. Conforme ela, diante do atual momento enfrentado pela indústria nacional de bens de capital, qualquer incentivo é bem-vindo e pode ajudar o setor, principalmente com a redução dos juros incidentes sobre investimentos.

"A Abimaq orienta seus associados a avaliarem bem como funciona o financiamento e a aproveitarem o momento para modernizar seu parque fabril. Embora possa parecer custo, nós tratamos isso como investimento, já que eles vão recuperar rápido esse aporte com melhora da produtividade. No médio e longo prazos será muito significativo para a empresa", destacou.

O setor de bens de capital enfrenta a pior crise dos últimos 20 anos. A Abimaq já prevê que neste ano a receita do setor chegará a R$ 66,1 bilhões, o que representa queda de 15% em relação aos R$ 77,8 bilhões faturados em 2013.

Recorde - Os desembolsos do BDMG no primeiro semestre deste ano ultrapassaram R$ 1,12 bilhão, alta de 25% na comparação com o mesmo período de 2013, quando foram liberados R$ 895,9 milhões. A instituição também elevou em 74% o número de clientes e ampliou sua carteira atingindo o número de 18.436 clientes ativos.

O número de novos clientes saltou de 2.226 no primeiro semestre de 2013 para 3.872 no mesmo período deste ano. A ampliação da carteira de clientes ativos, conforme o BDMG, é resultado das facilidades e agilidade proporcionadas pela ferramenta de crédito online e correspondentes bancários no atendimento a micro e pequenas empresas em todo o Estado. "Ficamos mais acessíveis aos nossos clientes", afirmou Ana.

Ao todo, são 210 entidades parceiras cadastradas, o que representa uma evolução de 179% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o BDMG possuía 59 correspondentes ativos. Com isso, o banco tem interiorizado cada vez mais o crédito, por meio de atendimento especializado e operações ágeis pela internet.

Fonte: Diário do Comércio

Foto:Salvador Scofano - Divulgação