Balanço da Minastranspor 2014
Com o tema “CONSTRUINDO NOVOS CAMINHOS COM SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA, AMBIENTAL E SOCIAL” será encerrada hoje a programação do 16º Encontro Mineiro do TRC e da Minastranspor 2014, promovidos pela Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Minas Gerais (Fetcemg).
Hoje a função social terá destaque na programação por meio da mesa redonda sobre a legislação trabalhista e suas relações de trabalho, com a presença do ministro Carlos Alberto Reis de Paula, ex-presidente do tribunal Superior do Trabalho (TST).
A Fetcemg entende que o setor conseguirá cumprir sua função social ao dar mais dignidade aos motoristas, por isso, defende a aplicação da Lei 12.619, que regulamentou o controle de jornada dos motoristas rodoviários. Atualmente a lei tem plena vigência e eficácia, mas o tema não se esgotou e ele será debatido junto com o poder judiciário hoje. Aliás, a norma ganhou destaque na última edição da feira. Nesses dois anos muito se falou em reformulação, revogação e anistia. A Fetcemg se uniu com outras entidades e essas forças juntas foram capazes de reverter a situação. Neste momento há um projeto que facilita a aplicação da lei aguardando votação na Câmara dos Deputados e a sanção presidencial.
A Fetcemg entende que o setor irá cumprir sua função social ao dar mais dignidade aos motoristas, que poderão dirigir com uma jornada controlada respeitando o necessário tempo de descanso e, principalmente, diminuindo os acidentes que provocam vítimas com graves lesões ou mesmo fatais. Trabalhar com segurança sem acidentes faz parte do projeto de sustentabilidade social. As duplicações das BR 381, BR 040 e BR 262, com certeza, também irão contribuir para a redução de acidentes com vítimas fatais.
Na área ambiental, tema tratado no segundo dia do evento, foi destacado o trabalho da entidade em conjunto com a Confederação Nacional dos Transporte (CNT), por meio do Programa Despoluir. Outra conquista destacada foi o Programa de Renovação de Frota implementado pelo Governo de Minas Gerais, incentivando a retirada de caminhões com mais de 30 anos de circulação na compra de veículos novos ou com menos de 10 anos.
Já no primeiro dia foram apontados os aspectos econômicos do país e seus reflexos no setor. Afinal, para trabalhar com sustentabilidade ambiental e social, as transportadoras precisam ser viáveis economicamente. A sustentabilidade econômica é fundamental para a sobrevivência dessas empresas e para isso é preciso lutar pelos preços justos, que cubram os custos do empresário e permitam investir em frotas novas que poluam menos. É preciso ter capacidade de conhecer os custos e não aceitar preços abaixo deles, em concorrência predatória.