Aumento de tributos, não!


Os empresários de transporte rodoviário de cargas de todo o país – talvez uma das categorias que mais tem sofrido os efeitos da recessão prolongada que se abateu sobre o Brasil – colocam-se em franca oposição a qualquer tipo de aumento de impostos ou contribuições que resulte, afinal, em maior carga tributária para a população brasileira. Que ninguém se engane: tributar empresas significa aumentar custos e, portanto, preços. O efeito é sentido no bolso do consumidor final, sempre.

Ao contrário do que dizem as autoridades da área econômica, esta não é a única saída para conter o aumento do déficit de um orçamento que já nasceu fortemente deficitário. Há ainda uma montanha de gastos desnecessários, desperdícios, mordomias, nos três Poderes da República, que podem, sim, e devem ser eliminados.

O governo do presidente Temer, que vem colecionando alguns avanços muito importantes – como a PEC do teto dos gastos; a queda da inflação, que possibilita a queda dos juros; a reforma trabalhista, a reforma da previdência, o programa de regularização tributária das empresas em dificuldades etc. – não pode emitir um sinal tão contraditório à sociedade. Aumentar tributos, seja em que escala for, equivale a dizer que tudo o que poderia ser feito para reduzir gastos públicos já foi feito. 
 
Ora, todos sabemos que isso não é verdade. Cortes para valer ainda sequer começaram. Por isso, dizemos NÃO a todo e qualquer aumento de tributos, e exortamos os representantes dos três Poderes a, antes disso, identificar em suas respectivas áreas todos os gastos inúteis que representam, nas atuais circunstâncias, uma afronta ao sofrido povo do nosso país.
 
São Paulo, 28 de março de 2017
 
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE DE CARGAS E LOGÍSTICA