Artigo - Os desafios do próximo governo no transporte rodoviário


Por Edésio Horbylon Neto*

Presidente reeleita tem um grande desafio na área de transportes no país: investir no aprimoramento dos modais para minimizar perdas materiais e otimizar o tempo gasto no escoamento da produção

De acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), há a necessidade de aumentar os investimentos públicos no setor, uma vez que na década de 1970, o governo destinava 1,7% do PIB nacional para a área de transportes e logística, ao passo que em 2013, a área recebeu pífios 0,3%. Não à toa, o Brasil ocupa a 122ª posição em qualidade do transporte rodoviário no ranking do Fórum Econômico Mundial, que reuniu dados de 144 países.

A falta de investimentos robustos e o atraso nos cronogramas de políticas públicas para a melhoria da infraestrutura de transportes no país são grandes entraves ao progresso, uma vez que impactam diretamente na cadeia produtiva, no frete e nos prazos de entrega de mercadorias. É importante ressaltar que a pesquisa da CNT mostra que os custos do transporte no país representam 59,8% dos custos logísticos totais, o que equivale a 11% do PIB. Nos Estados Unidos, representam 8,7%.

Cenário - A pesquisa apurou ainda qual o montante mínimo para a adequação da infraestrutura de transportes no país, algo que exigirá da presidente Dilma e de sua equipe, um grande esforço de gestão e de mobilização de recursos públicos, além da consolidação das parcerias público-privadas, que ainda não saíram do papel e precisam de uma atenção especial para viabilização de obras de maneira mais ágil.

De acordo com a pesquisa, o próximo governo precisará investir R$ 293,88 bilhões em rodovias. Deste total, 46,6% seriam destinados somente para duplicação de pistas e 17% em pavimentação. Esta necessidade reflete o cenário das nossas rodovias hoje: dos 1.713. 885 km de rodovias no país, apenas 202.589 km são pavimentados, o que corresponde a 11,8%. E, considerando somente o trecho asfaltado, quase 90% é composto por rodovias de pista simples, o que dificulta o transporte de cargas por todo o país e acarreta o aumento dos custos, da emissão de poluentes, do desgaste dos veículos e do número de acidentes de trabalho.

Da nossa parte, a 3T Systems investe constantemente em tecnologia de ponta para o rastreamento e monitoramento em geral, podendo identificar possíveis obstáculos enfrentados por motoristas diariamente ao percorrerem as rotas urbanas e estradas brasileiras, principalmente, auxiliando as empresas a entregar sua produção da maneira mais rápida e eficiente, monitorando todo o processo do transporte.

_____________________________________________________________________ *Edésio de Campos Horbylon Neto é diretor superintendente da 3T Systems, do Grupo José Alves. Graduado em Direito pela Faculdade Anhanguera de Ciências Humanas, possui especialização MBA em Estratégias de Gestão em Marketing pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. O executivo acumula passagem na Autotrac, Texaco do Brasil e Xerox do Brasil.

Fonte: Maxpressnet

Foto: Frederico Haikal_HD