Após reajustes, preços dos combustíveis em Minas avançam até 7,8%
Os recentes reajustes no preço da gasolina e do diesel já podem ser notados pelo consumidor nos postos de Minas Gerais e devem acarretar consequências para a economia do Estado. A alta é influenciada principalmente pelos recentes aumentos das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e da cotação junto à Petrobras, que entraram em vigor no último dia 1º de fevereiro.
O avanço em Minas pode ser observado no custo do diesel, que saltou de R$ 5,96 para R$ 6,29 em apenas uma semana – acréscimo de R$ 0,33 (5,5%). Já o diesel S-10, o tipo mais comercializado do Brasil, saltou R$ 0,34, de R$ 6,06 para R$ 6,40. Os períodos avaliados compreendem os dias 26 de janeiro a 1º de fevereiro e 2 de fevereiro a 8 de fevereiro.
Também em alta, o preço médio da gasolina comum aumentou R$ 0,13 em Minas Gerais no mesmo período. Entre as semanas, o custo do combustível avançou de R$ 6,09 para R$ 6,22 – incremento de 2,1%.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta é ainda mais acentuada. Para se ter uma ideia, no início de fevereiro de 2024, a gasolina comum custava R$ 5,50 em Minas Gerais, enquanto o Diesel S10 tinha preço médio de R$ 5,86.
Em Belo Horizonte, os preços médios de revenda do diesel e da gasolina comum também aumentaram, com altas de R$ 0,46 (7,8%) e R$ 0,10 (1,6%), respectivamente, em apenas uma semana. Na mesma tendência, o diesel S-10 saltou de R$ 5,98 para R$ 6,40 na capital mineira –avanço de 7%.
É que no fim de janeiro, a Petrobras anunciou uma elevação de mais de 6% do preço médio do diesel para distribuidoras. O reajuste entrou em vigor a partir de 1º de fevereiro, somado ao aumento do imposto estadual ICMS, de R$ 0,06 por litro.
Aumentos na gasolina e no diesel podem gerar efeito cascata nos preços de produtos essenciais
Os resultados, de acordo com o professor de Ciências Contábeis da Estácio e diretor da unidade Floresta, Alisson Batista, podem gerar um efeito cascata significativo no preço de produtos essenciais, como alimentos e transporte. “Estamos inseridos em uma malha totalmente viária e esse aumento impacta em tudo o que é transportado, produzido e comercializado”, explica.
Os resultados, de acordo com o professor de Ciências Contábeis da Estácio e diretor da unidade Floresta, Alisson Batista, podem gerar um efeito cascata significativo no preço de produtos essenciais, como alimentos e transporte. “Estamos inseridos em uma malha totalmente viária e esse aumento impacta em tudo o que é transportado, produzido e comercializado”, explica.
A alta, segundo ele, deve refletir em aumento da inflação, que será puxada principalmente pelo custo de transportes utilizados no dia a dia e de alimentos que já sofrem com o alto custo, como o café e o azeite. “Os desdobramentos desses reajustes devem ser expressivos, especialmente no primeiro trimestre deste ano”, avalia.
A alta, segundo ele, deve refletir em aumento da inflação, que será puxada principalmente pelo custo de transportes utilizados no dia a dia e de alimentos, que já sofrem com o alto custo, como o café e o azeite. “Os desdobramentos desses reajustes devem ser expressivos, especialmente no primeiro trimestre do ano”, avalia.
O aumento no custo do diesel é encarado como um dos fatores mais preocupantes para a economia nacional. O custo do combustível, amplamente utilizado na malha rodoviária brasileira, pode chegar a representar até um terço do preço total do frete.
Para Batista, o aumento expressivo na cadeia de precificação pode elevar o custo do produto transportado, tanto final, quanto de insumos para o processo produtivo. “Algumas indústrias conseguem segurar parte do valor, mas setores como o varejo e pequenos empreendedores, que trabalham com margem pequena, precisarão repassar custos ao consumidor”, diz.
Neste primeiro momento, o especialista avalia que os impactos ainda estão em etapa inicial, quando a indústria ainda estuda as consequências reais para reavaliar custos. “Este primeiro semestre será mais desafiador. Os consumidores precisarão intensificar a pesquisa de preços e revisar prioridades para não serem afetados no momento”.
Fonte: Diário do Comércio