Anel Rodoviário vai receber obras em abril, diz o DER-MG
Apesar da polêmica envolvendo o aditamento do termo de compromisso relativo ao projeto executivo das obras do Anel Rodoviário de Belo Horizonte para 2015, o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), José Elcio dos Santos Monteze, confirmou ao DIÁRIO DO COMÉRCIO que está mantida a previsão de início das obras em abril de 2014. As primeiras intervenções serão feitas em pontos considerados críticos. Conforme Monteze, o aditamento é apenas burocrático, uma vez que foi necessário para respeitar o prazo de conclusão do projeto de 540 dias estipulado no termo de compromisso com o governo federal. O acordo foi assinado em julho de 2012, porém, a ordem de serviço foi dada somente em março. De acordo com o diretor-geral do DER-MG, mesmo com o aditamento a previsão de conclusão do projeto executivo é para novembro de 2014. O serviço é realizado pelo consórcio CGP/Ceprol/Afirma. Além disso, segundo ele, a estratégia que foi adotada para a execução da ampliação e modernização da via é a realização das obras por etapas. A primeira delas compreende as intervenções nas interseções da via com as avenidas Amazonas, Pedro II e Ivaí (praça São Vicente). As primeiras audiências públicas deverão ser realizadas já no próximo mês. Porém, antes de iniciar o processo licitatório das intervenções, o DER-MG precisará assinar um novo termo de compromisso junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) que irá delegar às obras ao departamento. Segundo Monteze, o documento já foi enviado para análise do órgão federal. Conforme o diretor-geral, se tudo ocorrer bem, as obras poderão ser iniciadas já em abril. Estas intervenções, segundo ele, correspondem a aproximadamente 20% das obras previstas no Anel Rodoviário. A ampliação do Anel Rodoviário deverá abranger cerca 50 intervenções em seus 27,3 quilômetros que vão desde a BR-040 (bairro Olhos D"Água) até a intercessão com a avenida Cristiano Machado. Estima-se que os aportes irão ultrapassar R$ 1,5 bilhão. O Anel Rodoviário foi construído na década de 1950, com objetivo de desviar o tráfego pesado da área urbana de Belo Horizonte. A última intervenção para melhorias na via ocorreu em 2006. Tráfego - A Pesquisa de Origem e Destino, divulgada no início de dezembro pelo governo estadual, apontou que o Anel Rodoviário é a via mais movimentada das 34 cidades que compõem a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com a passagem diária de 154.087 veículos. Projetado para ser um contorno formado pelas BRs 040, 262 e 381, para que os veículos de carga e os viajantes não precisassem passar pela capital mineira, hoje o Anel Rodoviário se tornou a segunda via mais perigosa da Capital, com 1.089 mortos e feridos no ano passado, perdendo apenas para avenida Cristiano Machado, com 1.346. Conforme a pesquisa, o pico do tráfego ocorre entre 8 e 17 horas, quando passam pela via quase 11 mil veículos. Os automóveis respondem pela maior parte do tráfego no Anel Rodoviário, com 69% do total. Em seguida, vêm os caminhões e carretas, com 19%, e motocicletas (6,5%).
O Anel Rodoviário é a via de maior tráfego na RMBH/Alisson J. Silva