24º Prêmio CNT de Jornalismo tem 30 finalistas
Comissão de Pré-Seleção, formada por cinco jornalistas professores de comunicação, definiu os trabalhos que concorrerão em cada uma das categorias.
O Prêmio CNT de Jornalismo já tem os 30 finalistas da 24ª edição. A Comissão de Pré-Seleção, formada por cinco jornalistas professores de comunicação, definiu os trabalhos que concorrerão em cada uma das categorias (Impresso, Internet, Televisão, Rádio, Meio Ambiente e Transporte, Fotografia).
Agora, o prêmio chega à sua última etapa. As reportagens e fotografias serão avaliadas pela Comissão Julgadora formada, neste ano, pelos jornalistas Cristiano Romero (editor-executivo do Valor Econômico), Silvia Salek (diretora de redação da BBC Brasil em Londres), Dimmi Amora (editor-executivo da Agência Infra), Helcio Zolini (diretor de conteúdo digital e institucional da Record Minas) e pelo especialista em transporte Carlos Campos Neto (pesquisador de infraestrutura do Ipea).
O vencedor de cada categoria ganhará R$ 35 mil, e o do Grande Prêmio, R$ 60 mil. O resultado final será divulgado pela Comissão Organizadora em meados de novembro, e a entrega da premiação será no dia 6 de dezembro, em Brasília.
Em todas as etapas, as reportagens são avaliadas de acordo com a relevância para o setor de transporte, para o transportador e para a sociedade. Também são consideradas a qualidade editorial, a criatividade e a originalidade, a temporalidade e a atualidade dos conteúdos.
“O Prêmio incentiva a produção de reportagens sobre o nosso segmento, sejam elas críticas ou não. A imprensa nos ensina a melhorar comportamentos, a enxergar os erros e os acertos do nosso dia a dia. Nós, do transporte, temos aprendido muito com as reportagens”, diz o presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade.
Confira os 30 finalistas da edição de 2017:
“Motociclistas, jovens e condenados à morte”, Adriana Bernardes (Correio Braziliense)
Agora, o prêmio chega à sua última etapa. As reportagens e fotografias serão avaliadas pela Comissão Julgadora formada, neste ano, pelos jornalistas Cristiano Romero (editor-executivo do Valor Econômico), Silvia Salek (diretora de redação da BBC Brasil em Londres), Dimmi Amora (editor-executivo da Agência Infra), Helcio Zolini (diretor de conteúdo digital e institucional da Record Minas) e pelo especialista em transporte Carlos Campos Neto (pesquisador de infraestrutura do Ipea).
O vencedor de cada categoria ganhará R$ 35 mil, e o do Grande Prêmio, R$ 60 mil. O resultado final será divulgado pela Comissão Organizadora em meados de novembro, e a entrega da premiação será no dia 6 de dezembro, em Brasília.
Em todas as etapas, as reportagens são avaliadas de acordo com a relevância para o setor de transporte, para o transportador e para a sociedade. Também são consideradas a qualidade editorial, a criatividade e a originalidade, a temporalidade e a atualidade dos conteúdos.
“O Prêmio incentiva a produção de reportagens sobre o nosso segmento, sejam elas críticas ou não. A imprensa nos ensina a melhorar comportamentos, a enxergar os erros e os acertos do nosso dia a dia. Nós, do transporte, temos aprendido muito com as reportagens”, diz o presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade.
Confira os 30 finalistas da edição de 2017:
IMPRESSO
“Motociclistas, jovens e condenados à morte”, Adriana Bernardes (Correio Braziliense)
O Correio mostra que o Brasil atingiu o topo no ranking de tragédias com motocicletas. A frota de motos é crescente, tanto no auge da economia quanto na crise. Além das irresponsabilidades no trânsito, a reportagem aponta falhas nos cursos para obter habilitação. A série diz que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de motociclistas mortos em acidentes. São sete óbitos por 100 mil habitantes.
“Passageiros da agonia”, Bruna Fantti (O Dia)
Durante três meses, a reportagem analisou 14 mil registros de ocorrências de assaltos em ônibus registrados em 2016 e mapeou os pontos mais assaltados, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Em 2016, houve aumento de 35% no crime em relação ao ano anterior. A série revelou o baixo efetivo da PM, entre outros problemas.
“Perigo nos rios”, Karla Mendes (O Estado de S. Paulo)
A série trouxe à tona uma das principais ameaças ao transporte aquaviário na Amazônia: o roubo de cargas por piratas, que provoca um prejuízo de pelo menos R$ 100 milhões por ano para o setor de transporte fluvial na região Norte. A produção da matéria envolveu três meses, mostrando que os ataques romperam as fronteiras do Norte e chegaram ao eixo Rio-São Paulo, também em busca de combustível.
“O Rio sem entrega”, Luã Souza Marinatto (Extra)
Os roubos de carga tornaram-se um dos mais graves problemas do Estado do Rio. Por oito dias, a série revelou informações inéditas e exclusivas, abordando também a atuação dos receptadores. Após dois meses e cem viagens nos ramais da SuperVia, o EXTRA revelou, por exemplo, que camelôs revendiam mercadorias roubadas nos trens.
“Um país fora dos trilhos”, Natália Lambert (Correio Braziliense)
Há 50 anos, os militares faziam as linhas de trens chegarem a Brasília com a esperança de que, junto às locomotivas, viesse o desenvolvimento para o interior do país. O sonho ficou abandonado entre trilhos enferrujados. A série detalha como o Brasil deixou um modelo de transportes de cargas e de passageiros se deteriorar e revela como a corrupção contribuiu para a destruição e o atraso do sistema.
INTERNET
“Compre em casa, receba voando”, Braitner Moreira Andrade (Correio Braziliense)
Com corridas transmitidas em 140 países e disputadas também em Brasília, os drones viraram esporte e começam a se tornar solução para o transporte de cargas. Tecnologia tenta seguir o exemplo do automobilismo, especialmente a Fórmula 1, que após a esportização colaborou bastante para a evolução do carro de passeio. Algumas mercadorias já são distribuídas por drones em diferentes partes do mundo.
“Bilhões de reais e 10 anos depois, Transnordestina leva a lugar nenhum”, Leonardo Goy Villar (Reuters)
A reportagem traz uma visão aprofundada dos impactos sociais, econômicos e regulatórios do atraso nas obras da ferrovia Transnordestina. Lançada há mais de dez anos como símbolo da esperança de dias melhores para o interior do Nordeste, hoje a ferrovia é um retrato da falta de planejamento.
“Carretera Panamericana: A aventura desconhecida de três brasileiros pelas Américas”, Luciana Garbin Santos (O Estado de S. Paulo)
Entre 1928 e 1938, três brasileiros desbravaram mais de 27 mil quilômetros de estradas de 15 países nas três Américas. Em dois Fords T, Leônidas Borges de Oliveira, Francisco Lopes da Cruz e Mario Fava foram do Rio de Janeiro a Nova York para projetar a Estrada Pan-Americana. A reportagem resgata a saga praticamente desconhecida e que foi essencial para a integração rodoviária das três Américas.
“Meu quintal é o Anel”, Luciene Câmara (O Tempo)
Mais de 1.400 famílias moram na faixa de domínio do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. São cerca de 30 vilas e favelas nos 27,5 km de extensão da via. Mesmo vivendo à margem de direitos básicos, essas pessoas têm uma capacidade imensa de reinventar o morar e criar vínculos comunitários. O processo de remoção e reassentamento já se arrasta por mais de 15 anos. A demora, além de impedir os moradores de ter uma vida digna, atrasa obras de revitalização do Anel e de duplicação da BR–381.
“Transbrasil, um embarque para o crime nas rodovias brasileiras”, Mirelle Cristina Alves Pinheiro (Metrópoles)
A reportagem mostra como funciona o esquema criminoso de venda pela Transbrasil. Desde 2009, a empresa circula, a partir de linhas que cruzam o país de Foz do Iguaçu (PR) a São Luís (MA), em ônibus sem condições de rodar. De acordo com a reportagem, as autorizações precárias obtidas com medidas provisórias abriram caminhos para a empresa multiplicar a rentabilidade sustentada no crime. Os tentáculos da organização se espalham para a sonegação fiscal e tráfico de armas e drogas.
TELEVISÃO
“Nos caminhos da Transnordestina”, Bruno Grubertt (TV Globo)
A promessa de melhorar a infraestrutura de transporte e incrementar a logística no nordeste do país esbarrou na burocracia. A série exibida em três telejornais - Jornal Nacional, Jornal da Globo e Jornal Hoje - mostrou o atraso nas obras da ferrovia Transnordestina, que se arrasta há dez anos em três estados do Nordeste (Ceará, Piauí e Pernambuco).
“O drama do transporte escolar”, Daniel Paulino Mota (TV Record)
O Câmera Record viajou por cinco Estados brasileiros para investigar a qualidade do transporte escolar. No interior do Acre, a reportagem acompanhou a saga de crianças da Amazônia que acordam às 4h30 e caminham descalças por quilômetros. Outros problemas envolvendo o transporte escolar também foram mostrados. A equipe de TV buscou respostas junto às autoridades.
“Estradas”, Danielle Nathalia Zampollo (TV Globo)
A reportagem conheceu de perto a situação de duas rodovias brasileiras que ficam praticamente intransitáveis na época de chuvas. Foram percorridos vários trechos da BR-319, que liga Manaus ao sul do Amazonas. A reportagem também acompanhou a situação dos caminhões que ficaram parados na BR-163, no Pará, para não atolarem.
“Os desafios para o transporte dos universitários”, Gabriel Mitani (TV Globo)
Três meses depois de um acidente que matou estudantes na rodovia Mogi-Bertioga, o Fantástico percorreu o Brasil e descobriu histórias de pessoas que correm riscos diariamente para conseguir estudar e conquistar o tão sonhado diploma do ensino superior.
“Máfia dos combustíveis”, Mahomed Saigg (TV Globo)
A equipe do Fantástico participou de uma grande investigação sobre combustível adulterado e revelou que tem até substância proibida sendo misturada na gasolina, metanol, que pode causar cegueira. Trata-se de uma fraude que envolve inclusive a morte do presidente da Associação de Combate a Fraudes de Combustíveis.
RÁDIO
“Escalpelamento: dor e superação nos rios da Amazônia”, Adriano Rodrigues de Faria (Rádio Senado)
A reportagem traz relatos dramáticos e de perseverança para lidar com as marcas de um acidente que ocorre principalmente no Pará e no Amapá. Ainda hoje, muitas pessoas são vítimas de escalpelamento - arrancamento brusco do couro cabeludo depois que o cabelo se enrosca no eixo do motor de pequenos barcos.
“Rotas do medo: a carga da violência nas estradas de Minas”, Alessandra Mendes França (Itatiaia)
A reportagem cruzou Minas Gerais, viajando mais de 2.000 km, para detalhar onde e como agem os criminosos que atuam no roubo de cargas. Segundo a rádio Itatiaia, o problema se tornou tão grave que, em uma lista de 57 países, o Brasil é apontado como o oitavo mais perigoso para o transporte de produtos e mercadorias. Em Minas, houve crescimento de 200% nas ocorrências nos últimos anos.
“Destinos, lições e legados para o transporte nos dez anos do maior acidente da aviação brasileira”, Daniel Lian (Jovem Pan)
Na série de reportagens, a Jovem Pan mostra o legado após o acidente com o airbus da TAM, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em 2007. A aeronave não conseguiu frear na pista do aeroporto, atingindo um prédio da própria empresa e pegando fogo. O trabalho traz uma reflexão sobre o transporte após o acidente.
“Estrada de risco”, Guilherme Balza Correa Netto (CBN)
Reportagem aborda as controvérsias sobre a eficácia do exame toxicológico de motoristas profissionais para o controle do consumo de drogas. Traz números sobre reprovações, indicando a fragilidade da medida. Também mostra casos de corrupção envolvendo autoescolas e ouve motoristas que já usaram ou usam drogas.
“Última gota - oito anos da Lei Seca”, Isabel Mega (BandNews FM Brasília)
A série ouve familiares de vítimas de acidentes provocados pela mistura entre álcool e direção, especialistas de diferentes áreas, representantes de organizações que lidam com o tema e fontes do governo. Foi traçado um panorama sobre os avanços após a aprovação da Lei Seca e sobre as necessidades para combater o problema.
FOTOGRAFIA
“População enfrenta pesadelo diário”, Bruno Henrique (Correio do Estado)
Com falha na rampa de acesso, mulher ajuda cadeirante a entrar em ônibus em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Reportagem mostra problemas diversos enfrentados na cidade, também na área de saúde e no pagamento do funcionalismo público.
“Arco da Insegurança”, Cleber Junior (O Globo)
Na crise de roubos de cargas no Rio de Janeiro, traficantes de uma favela chamada Guandu, que fica na cidade de Japeri, tentaram roubar uma carga de cigarros avaliada em 15 milhões de reais no Arco Metropolitano. Em meio ao tiroteio entre bandidos e policiais, motoristas se abrigaram debaixo de um caminhão, com medo de balas perdidas.
“Fora de controle”, Guilherme Pinto (O Globo)
Multidão saqueia carga de caminhão que foi roubado e incendiado na avenida Brasil, no Rio de Janeiro, por ordem de traficantes. A via também teve bloqueios e outros ônibus destruídos por criminosos.
“Atoleiro interdita BR-163”, Joel Soares da Silva (Folha de S. Paulo)
Caminhões carregados de soja trafegam em trecho em obras na BR-163, próximo a Itaituba (PA), onde um atoleiro deixou motoristas presos por semanas. Muitos abandonaram o percurso e preferiram viajar para os portos do sul.
“Dragagem do rio Madeira”, Roni de Carvalho (Diário da Amazônia)
Imagem mostra problemas em balsa que transporta carretas. Matéria aborda a falta de dragagem do rio Madeira e as dificuldades do setor aquaviário na região, tanto na seca quanto na cheia.
MEIO AMBIENTE
“Pavimentando o futuro”, Daniela Florenzano (Rádio Trânsito)
A série aborda tecnologias que melhoram a qualidade do asfalto e impactam de forma positiva o meio ambiente. São citados os benefícios do asfalto borracha, que contribui para a destinação de pneus inservíveis. A reportagem também destaca o uso do pavimento permeável.
“O caminho sustentável da água”, Luiz Calcagno Fettermann (Correio Braziliense)
Série de reportagens aborda o reúso da água no setor de transporte, mostrando a importância da gestão em lava a jatos, postos de combustível, transportadoras e metrô. Mostra como alguns empresários conseguem economizar o recurso e ajudar a preservar o meio ambiente, especialmente nesse momento de crise hídrica.
“Ciclovias em busca de uma cidade”, Natália Lambert (Correio Braziliense)
Apesar de ter clima e relevo favoráveis — além de vias largas e espaço territorial — Brasília não consegue pensar a bicicleta como meio de transporte. São mais de 400 km de ciclovias mal distribuídos e sem conexão, que não oferecem segurança. O trabalho mostra como a substituição de parte dos carros por bicicletas poderia ajudar na redução das emissões, na melhoria da qualidade do ar e da saúde da população.
“A poluição oleosa que sai do seu carro e contamina a capital do país”, Otto Valle (Metrópoles)
A capital do país tem uma frota de 1,7 milhão de veículos. Essas máquinas não poluem apenas o ar com os gases emitidos. Outro inimigo agride o meio ambiente sem que quase ninguém perceba: o óleo lubrificante utilizado nos motores de automóveis, ônibus e motocicletas. A reportagem mostra a dimensão do problema, as consequências ambientais do descarte incorreto e as lacunas na fiscalização.
“Uma cidade limpa sobre duas rodas”, Tânia Passos (Diario de Pernambuco)
O Recife está em 16º lugar em vulnerabilidade climática no mundo. A bicicleta passou a ser uma importante ferramenta para reduzir o nível de carbono. A estimativa do município é de reduzir quase 700 mil toneladas de carbono equivalente até 2040, o que corresponde a cerca de 25% da poluição do ar existe na cidade. Matéria mostra um dos programas de incentivo, o Bike PE.
Comissão Organizadora do Prêmio CNT de Jornalismo:
(61) 3315-7140 / 7142
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Fonte: site CNT